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Agricultores contratam 43% dos recursos para custear safra agrícola
O financiamento para investimentos cresceu 3,5% em relação à safra anteriorMédios e grandes produtores rurais contrataram R$ 79,45 bilhões no período de julho de 2016 a janeiro deste ano do Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017. O valor representa 43% dos recursos programados de R$ 183,85 bilhões.
As contratações do crédito rural na atual safra continuam evoluindo normalmente, sejam as destinadas ao custeio e à comercialização (R$ 64,56 bilhões ou 43% do total) ou aos investimentos (R$ 14,9 bilhões ou 44%), conforme a Secretária de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“A evolução dos números mostra que o total de recursos devem ser utilizados pelo produtor até junho, quando termina o atual Plano Safra”, ressaltou o secretário da SPA, Neri Geller.
Os financiamentos de custeio apresentaram redução de 11,4%, se comparado ao mesmo período anterior. Segundo a SPA, o recuo se deve à aplicação do Pré-custeio no equivalente a R$ 10 bilhões, computado na safra anterior. Neste ano, também, o Banco do Brasil e o Mapa anunciaram que, até o final de junho próximo, serão disponibilizados R$ 12 bilhões para os financiamentos de pré-custeio, referentes à próxima safra agrícola 2017/18.
Os financiamentos de custeio com taxas livres cresceram 78%, atingindo R$ 9,8 bilhões, ante R$ 5,5 bilhões em igual período na safra anterior. Esse desempenho é explicado pela contribuição dos recursos oriundos da emissão de Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), direcionados para o crédito rural, no montante de R$ 9,7 bilhões, sendo R$ 5,4 bilhões com taxa favorecida e R$ 4,3 bilhões com taxas livres.
Os financiamentos para investimentos aumentaram 3,5%, assinalando recuperação liderada pela aquisição de tratores agrícolas e implementos associados e colheitadeiras, cujas contratações no âmbito do Programa Moderfrota aumentaram 53%, relativamente aos créditos concedidos através do Moderfrota e do PSI Rural, extinto em dezembro de 2015.
De acordo com Neri Geller, “o forte investimento no Moderfrota reflete o interesse do produtor na modernização e em ganhos de produtividade na sua propriedade. Essa demanda por máquinas e implementos agrícolas reflete em toda a economia brasileira, movimentando as indústrias e gerando empregos”.