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Alvorada apresenta lavoura cafeeira com alto nível tecnológico
Interessados na cultura do café, puderam conhecer um exemplo de lavoura cafeeira conduzida de acordo com os padrões de tecnificação orientados pela Emater-RO e testados pela pesquisa da EmbrapaOs agricultores do município de Alvorada do Oeste e municípios vizinhos, interessados na cultura do café, puderam conhecer,esta semana, um exemplo de lavoura cafeeira conduzida de acordo com os padrões de tecnificação orientados pela Emater-RO e testados pela pesquisa da Embrapa. Eles conheceram 35 hectares de café conillon em ponto de colheita e com expectativa de produção de 100 sacas de café limpo por hectare.
A mesma propriedade tem mais 21 hectares de cafezal jovem que deve entrar em produção em 2019 e com o uso de técnicas modernas de adubação, irrigação, controle de pragas e doenças e podas, deve elevar a produção dos baianos, como são conhecidos os proprietários da área apresentada , para mais de 6000 sacas de café por ano, e alcançar uma receita próxima de dois milhões de reais, se o preço do produto permanecer nos patamares atuais em torno de R$280, destaca o gerente local da Emater-RO, Giovane Tomiazzi Soares.
Os baianos recebem assistência técnica da Emater-RO desde quando ainda cultivavam café seminal, plantas originadas de sementes, mas, com orientação dos técnicos adotaram a tecnologia da clonagem, quando a propagação das plantas é feita através de partes vegetativas, de ramos. Com a clonagem consegue-se uma homogeneidade entre as plantas, e como as matrizes são selecionadas, multiplicam-se as plantas mais produtivas, resistentes, e pode ainda igualar a maturação dos frutos, e com isto facilitar a colheita.
A lavoura cafeeira dos baianos tem atraído a atenção de outros cafeicultores, também pelo fato deles serem pioneiros no uso da colheita semimecanizada, como a mão de obra está escassa e cara, o cultivo de café tem perdido espaço para outras culturas que demandam menos mão de obra, como a criação de gado de leite, por exemplo.
A semimecanização na colheita do Café Canéfora, como o conillon, só é possível porque os ramos produtivos, chamados pelos técnicos de plagiotrópicos, só produzem uma vez, e isso permite que sejam cortados e a máquina coletora faça a separação de frutos, folhas e ramos, dando agilidade no serviço e baixando os custos da colheita, solucionando um dos grandes entraves no cultivo do café.
O evento coordenado pelo escritório local da Emater-RO em Alvorada foi prestigiado por mais de 300 agricultores e diversas autoridades municipais, deputados estaduais e federais que acompanharam a presidente Albertina Marangoni Bottega, durante a apresentação das tecnologias pelos extensionistas rurais.