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Área plantada com os principais grãos produzidos em Rondônia não deverá apresentar variações em relação à safra 2019/2020
Considerando todos os grãos, a produção deverá alcançar 2,3 milhões de toneladas, com produtividade média de 3.861 kg por hectare.De acordo com estimativas do primeiro levantamento da safra de grãos 2020/2021 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab, 2020a), a área plantada com os principais grãos produzidos no estado (arroz, caroço de algodão, feijão, milho e soja) não deverá apresentar variações em relação à safra 2019/2020, mantendo-se em 602,5 mil hectares. Entretanto, tanto a quantidade a ser produzida quanto a produtividade deverão apresentar retração de 3,3%. Considerando todos os grãos, a produção deverá alcançar 2,3 milhões de toneladas, com produtividade média de 3.861 kg por hectare.
Arroz
Em Rondônia, o cultivo do arroz é exclusivamente de sequeiro. Conforme observado na análise da produção de grãos, a área cultivada nesta safra deverá ser a mesma da safra anterior. Assim, estima-se uma área plantada de 42,5 mil hectares, com produção de 137,6 mil toneladas e produtividade média de 3.238 kg/ha, com redução de ambas em 1,3% em relação à safra 2019/20020. Dados da série histórica da Conab (2020a) indicam pouca variação da área plantada nos últimos cinco anos, sendo que a safra 2019/2020 foi a que apresentou maiores índices de produção e produtividade no período, concomitantemente (Figura 1).
Em Rondônia, o cultivo do arroz tem se caracterizado como primeira cultura implantada nas áreas que serão destinadas para o plantio de soja e milho, sendo também utilizada, embora ainda em pequena escala, como alternativa de cultura para a safrinha, principalmente nos municípios localizados mais ao norte do estado, tais como: Candeias do Jamari, Itapuã d’Oeste, Alto Paraíso e Cujubim, principais municípios produtores. Com preços mais atrativos, decorrentes principalmente do maior volume de exportações do produto em nível nacional e de aumento do consumo interno, a tendência é que a área plantada possa aumentar nas próximas safras, permanecendo a expectativa de manutenção e/ ou aumentos dos preços atuais.
De acordo com dados da Conab (2020a), a safra brasileira de arroz 2020/21 deverá ser de 10,9 milhões de toneladas, 2,7% menor em relação à safra 2019/20. Análise da Conab indica que, “caso se confirme a atual estimativa de produção de 10,9 milhões de toneladas para a safra 2020/21, projeta-se que não haverá uma forte reversão de preços”. Assim sendo, a tendência é que os preços mantenham-se nos patamares atuais ou apresentem até mesmo alguma elevação.
Feijão
De acordo com dados da Conab (2020a), a área plantada com feijão no estado na safra 2020/2021 não deverá apresentar alteração em relação à safra 2019/2020, mantendo os mesmos 3,9 mil hectares, com redução tanto da produção (13,6%) quanto da produtividade (12,4%). Embora estável nesta safra em relação à anterior, a área cultivada com essa cultura vem apresentando forte redução ao longo dos últimos cinco anos, conforme apresentado na Figura 2.
Milho
Conforme ocorre no cenário nacional, a primeira safra de milho, também conhecida como safra de verão, apresenta pouca representatividade no cenário estadual, haja vista a competição com o plantio da soja, que tem a preferência dos produtores nesta época do ano. Embora a área plantada na safra 2020/2021 permaneça estável em relação à safra anterior, produção e produtividade devem apresentar redução de 3,7% e 3,8%, respectivamente. A Figura 3 apresenta a evolução da área plantada, produção e produtividade do milho primeira safra nos últimos cinco anos.
A produção de milho de segunda safra no biênio 2019/2020 foi de 968,9 mil toneladas, 7,6% maior do que a obtida na safra 2018/2019, com ganho de produtividade de 3,5% em relação ao mesmo período. Para a safra 2020/2021 a estimativa da Conab é que a área plantada seja a mesma da safra deste ano, com redução tanto da produção quanto da produtividade. Trata-se, no entanto, de expectativa dos informantes entrevistados pela Conab, haja vista que o início do plantio da referida safra deverá se dar a partir da primeira quinzena de janeiro de 2021, podendo prolongar-se até o início de março, dependendo da região e das condições climáticas. Os dados da Figura 4 apresentam a evolução da produção de milho de segunda safra no período compreendido entre as safras 2016/2017 e 2020/2021.
As informações do primeiro levantamento da safra de grãos 2020/2021 indicam estabilidade da área plantada com milho na primeira e segunda safras. Por outro lado, tanto a produção quanto a produtividade deverão decrescer 5,7% em relação à safra 2019/2020. Entretanto, faltando ainda três meses para o início do plantio do milho segunda safra, condições climáticas e, sobretudo os preços, poderão influenciar na expectativa dos produtores para o aumento ou diminuição da área plantada estimada pela Conab. Cabe destacar que, embora a área plantada tenha se mantido estável nos últimos cinco anos, exceto na safra 2017/2018, a produção tem aumentado, devido principalmente a ganhos de produtividade, que apresentou crescimento médio anual de 4,4% (Figura 5).
Soja