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Cafés diferenciados geram US$ 455,4 milhões com exportações que correspondem a 20,7% do total da receita cambial do setor
Volume físico das vendas ao exterior dos cafés diferenciados corresponde a 16,1% do total exportado nos cinco primeiros meses de 2020As exportações dos Cafés do Brasil, nos cinco primeiros meses de 2020, atingiram um volume físico que corresponde a aproximadamente 16,57 milhões de sacas e receita cambial de US$ 2,2 bilhões, ao preço médio de US$ 133,06 a saca de 60kg. Desse volume físico, os cafés verdes da espécie arábica, com 13,43 milhões de sacas exportadas, corresponderam a 81%, e os cafés robustas, com 1,49 milhão de sacas, em torno de 8,9%. Com relação aos cafés industrializados, o solúvel repondeu por 9,8% do volume, com 1,63 milhão de sacas, enquanto que os cafés torrados e moídos, que exportaram apenas 8,34 mil sacas, corresponderam a menos de 1% do volume total.
Neste mesmo contexto, especificamente em relação ao desempenho das exportações de café no mês de maio deste ano de 2020, o volume físico total vendido aos países importadores equivalente a sacas de 60kg, para todos os tipos de cafés descritos anteriormente (café verde, solúvel e torrado & moído), foi de 2,97 milhões de sacas. E a receita cambial gerad,a nesse mês, com essas exportações foi de US$ 370,7 milhões, com preço médio da saca a US$ 124,44, montante que representou uma alta de 5,2% em relação a maio de 2019.
Com relação ainda ao desempenho das exportações do setor cafeeiro, somente no mês de maio de 2020, há que se registrar que o café conilon (robusta) apresentou crescimento nas suas vendas de 4,7%, em relação ao mesmo mês do ano passado, com 484,1 mil sacas vendidas, volume que corresponde a 16,3% da participação das exportações por variedade. E, quanto ao café da espécie arábica, tais vendas representaram 73,8% do volume total de café exportado nesse mês, com 2,2 milhões de sacas vendidas aos importadores, número que representou uma expressiva queda de 27,3% em comparação com o desempenho do mesmo mês de 2019. Por fim, registre-se que as vendas do café solúvel representaram 9,9% das exportações, com o equivalente a 296,1 mil sacas de 60kg.
Conforme os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, de acordo com o que consta do seu Relatório mensal – maio 2020, o qual está sendo objeto desta análise pela Embrapa Café, vale destacar ainda que, nos cinco primeiros meses deste ano, foram exportados, do volume total mencionado anteriormente dos Cafés do Brasil, 2,66 milhões de sacas de 60kg de cafés diferenciados, os quais são considerados e avaliados, assim, por terem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. O Relatório encontra-se disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.
Dessa forma, merecem destaque as exportações dos cafés diferenciados, pois eles representaram 16,1% do total do volume físico exportado no período e, além disso, geraram uma receita cambial de US$ 455,4 milhões, a qual correspondeu a 20,7% do total gerado com os valores dessas vendas no período ora em foco. E, vale destacar também, que o preço médio da saca de café diferenciado atingiu nesse mesmo período o equivalente a US$ 171,04. Outro ponto que também merece realce é que os dez países maiores importadores dos cafés diferenciados adquiriram em torno de 78,7% dessas exportações brasileiras, no período de janeiro a maio deste ano.
Dessa forma, de acordo com o ranking dos dez países importadores de cafés diferenciados, conforme o Relatório mensal – maio 2020, vêm em primeiro lugar os EUA, que continuam sendo o país que mais importa esse tipo de café do Brasil, com a aquisição de 498,5 mil sacas de 60kg, nos primeiros cinco meses deste ano, volume equivalente a 18,7% das exportações desse café com maior valor agregado. Vale lembrar que os EUA são os maiores consumidores de café em nível mundial.
Em segundo lugar, destaca-se a Alemanha, com 359,9 mil sacas importadas (13,5%), e, em terceiro, a Bélgica, com 324,6 mil sacas (12,2%). Dando continuidade a este ranking em ordem decrescente, vêm os seguintes países: Japão, com 261,8 mil (9,8%); Itália, com 201,8 mil (7,6%); Reino Unido, com 111,6 mil (4,2%); Espanha, com 109,2 mil sacas (4,1%); Suécia, com 80,6 mil sacas (3,0%); Canadá, com 76 mil sacas (2,9%); e, finalmente, na décima posição, vem a Coréia do Sul que importou o equivalente a 70,9 mil sacas de cafés diferenciados, o que corresponde a 2,7%.