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Cafés do Brasil atingem exportação de 22,9 milhões de sacas com receita cambial de US$ 3 bilhões em sete meses
Volume físico de café arábica correspondeu a 78,4%, conilon 11,2% e solúvel 10,3% do total das exportaçõesNos sete primeiros meses do ano em curso de 2020, as exportações dos Cafés do Brasil atingiram um volume físico total equivalente a 22,9 milhões de sacas de 60kg e receita cambial de US$ 3,0 bilhões, com preço médio da unidade correspondente a US$ 128,9. Nesse contexto, os cafés da espécie arábica vendidos ao exterior totalizaram 18 milhões de sacas, volume que representa 78,4% das exportações, enquanto os cafés da espécie de conilon (robusta), com 2,6 milhões de sacas, equivaleram a 11,2%. E, por fim, o café solúvel teve participação de 10,3%, com 2,4 milhões de sacas, e o café torrado e moído, com 13,8 mil sacas, que equivaleram apenas 0,1% das exportações.
Os dez principais países e blocos econômicos que importaram os Cafés do Brasil, no período ora em destaque, ou seja, de janeiro a julho de 2020, num ranking em ordem decrescente, foram, em primeiro, os Estados Unidos, que adquiriram 4,3 milhões de sacas de café, volume que corresponde a 18,6% do total exportado; em segundo, a Alemanha, com 3,9 milhões de sacas, o que representa 17,1% das exportações; em terceiro, a Itália, com 1,8 milhão de sacas (8,1%); em quarto, vem a Bélgica, com 1,7 milhão (7,2%); e o Japão, em quinto colocado, com 1,2 milhão de sacas (5,1%) de sacas de café importadas do Brasil.
Na sequência desse ranking, em sexta colocada, figura a Federação Russa, com 755,8 mil sacas (3,3%); na sétima posição, a Turquia, com 736,4 mil sacas (3,2%); logo em seguida vem a Espanha, na oitava posição, com 568 mil sacas (2,5%); México, na nona colocação, com 537,4 mil sacas (2,3%) e, por último, o Canadá, na décima posição, com 482,5 mil sacas, volume físico que corresponde a 2,1% do que foi exportado pelo Brasil nos sete primeiros meses deste ano.
Convém registrar, antes de prosseguir com esta avaliação da performance das exportações dos Cafés do Brasil, no período de janeiro a julho deste ano, que os dados e números que estão permitindo realizar esta análise e divulgação pela Embrapa Café foram obtidos do Relatório mensal – julho 2020, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.
Assim, vale também registrar, em complemento aos dados do ranking citado anteriormente dos países e blocos econômicos que mais importaram e consumiram os Cafés do Brasil, que o México e a Federação Russa registraram os maiores crescimentos no consumo do produto brasileiro, com aumento de 31,3% e 22,2%, respectivamente, se comparados com o mesmo período anterior.
Adicionalmente, de acordo com os dados constantes do Relatório mensal – julho 2020, também merece ser realçado nesta análise que os continentes e blocos econômicos que tiveram expressivo aumento nas importações dos Cafés do Brasil foram países da América do Sul, cujo crescimento registrou índice de 21,1%, além de países africanos, com 49,8%; América Central - 94,8%; 24,5% - países do BRICS; 15,6%, nações do Leste Europeu; e, finalmente, registre-se que houve aumento bastante expressivo de 41,3% nas exportações do produto brasileiro para outros países produtores de café - concorrentes do nosso País -, nos sete primeiros meses deste ano.
Conforme os dados ora em estudo do Cecafé também merecem destaque as exportações dos cafés diferenciados nesse mesmo período de janeiro a julho do corrente ano, no qual o Brasil exportou 3,8 milhões de sacas. Para o Cecafé, cafés diferenciados são os que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis. No caso específico, o volume, que foi o segundo maior exportado no período, nos últimos cinco anos, corresponde a 16,6% do total de café vendido ao exterior. A receita cambial obtida com essas exportações de cafés diferenciados foi de US$ 625,6 milhões, montante que representa 21,1% do total arrecadado pelo Brasil em receita com as exportações no período de janeiro a julho deste ano.