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Cana-de-açúcar tem queda de 3,6% e fecha safra 2017/18 em 633,26 milhões de toneladas

O consumo acumulado, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), foi 5% superior à safra passada

Cana-de-açúcar tem queda de 3,6% e fecha safra 2017/18 em 633,26 milhões de toneladas

De acordo com os dados do 4º e último levantamento da safra de cana-de-açúcar 2017/2018, a produção teve leve queda, chegando a 633,26 milhões de toneladas, o que corresponde a 3,6% a menos em relação à safra anterior, que foi de 657,18 milhões de t. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou os resultados do estudo nesta terça-feira (24), no site da estatal, no qual aponta que, apesar da maior produtividade na região Nordeste, a média brasileira foi semelhante à da safra passada, de 72.543 kg/ha, e acabou não impactando no aumento da produção.

O boletim mostra ainda que a diminuição também é reflexo da área colhida, que fechou 8,73 milhões de hectares, com queda de 3,5% se comparada à safra 2016/17. Mesmo com este cenário, a produção de etanol manteve-se estável, com 27,76 bilhões de litros e redução de 0,2%. Já o açúcar caiu para 37,87 milhões de t, com retração de 2,1% em relação à safra anterior, devido à menor quantidade de cana disponível e o direcionamento para a produção de etanol, visto que os preços no mercado internacional caíram.

No caso do etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, houve aumento de 0,1%, alcançando 11,09 bilhões de litros. A justificativa, segundo a pesquisa, foi a manutenção do consumo de gasolina. Neste caso, o total produzido de etanol hidratado foi de 16,68 bilhões de litros, o que significa uma redução de 0,3% ou 58,36 milhões de litros.

A estimativa aumentou em relação aos levantamentos anteriores, porque o consumo de etanol hidratado subiu a partir de outubro de 2017, o que levou as unidades de produção a direcionarem a produção para o biocombustível em detrimento do açúcar. O consumo acumulado, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), foi 5% superior à safra passada.

Com relação aos destaques por região, no Sudeste a expectativa é de leve aumento dos patamares de produtividade em relação à safra anterior, apesar da diminuição na área colhida, reflexo de problemas climáticos e menor área colhida de fornecedores. Mesmo assim, a produção nesta região foi de 417,47 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processada, 4,2% inferior à safra 2016/17.

O Centro-Oeste manteve a área colhida da safra passada, mas com estimativa de leve redução nos patamares de produtividade. A produção de 133,66 milhões de toneladas representa redução de 0,4%. No Nordeste, a boa produtividade garantiu uma produção de 41,14 milhões de toneladas, mesmo com registro de área menor.

Na região Sul, com produção estimada em 37,52 milhões de toneladas, houve queda de 5,5% na área colhida. O fato ocorreu principalmente nas localidades fornecedoras que foram reconvertidas para a produção de grãos – ou que não possuíam mecanização – ou ainda naquelas onde não foi possível realizar toda a colheita devido ao excesso de chuvas no final da safra.

Finalmente, na região Norte, que representa menos de 1% do total nacional, a área cultivada também foi menor, com produção de 3,46 milhões de toneladas. Na próxima semana, a Conab vai apresentar os primeiros números da estimativa de cana-de-açúcar da safra 2018/2019.

Confira o Boletim na íntegra na página de safras da Conab.

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