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Controle sanitário de mudas contribui para a produção dos melhores cafés de Rondônia

Controle sanitário de mudas contribui para a produção dos melhores cafés de Rondônia

Um café de qualidade não se gera do acaso. Nos dias 20 e 22 de novembro, datas que marcaram a Semana Internacional do Café, comemorada durante a Expominas, em Belo Horizonte (MG), amostras de cafés produzidas em Rondônia fizeram sucesso e duas delas conquistaram o 2° e o 5º lugar na disputa dos cinco melhores cafés do Brasil.

O reconhecimento é resultado de trabalho árduo iniciado há mais de seis anos pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) que iniciou a revitalização da cafeicultura com ações de controle sanitário da produção de mudas pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron), com a assistência técnica da Emater-RO, para manejo adequado da lavoura e das boas práticas na colheita, beneficiamento e armazenamento dos grãos, com as pesquisas da Embrapa e projetos do Sebrae, entre outros parceiros. Trabalho esse que elevou a qualidade do café robusta rondoniense.

No concurso de Minas Gerais, Rondônia concorreu na categoria canéfora, através da votação popular, na final do concurso que elegeu o melhor café do Brasil, o ‘Coffe of The Year 2019 (COY)’. Dione Bento, de Cacoal, ficou em 2º lugar e Wilson Surui, também de Cacoal, ficou em 5º.

Segundo os visitantes e provadores, os cafés de Rondônia apresentam características especiais, com notas marcantes e uma dose reforçada de cafeína. O robusta amazônico mais uma vez marcou a história da cafeicultura nacional.

Toda essa qualidade é fruto da adoção de novos métodos e a tecnificação de processos produtivos que resultou no aumento da produtividade de 14 para 35 sacas, em média, por hectares. O trabalho avança para o reconhecimento na Identificação Geográfica (IG) de 15 municípios produtores do café robusta amazônico. Qualidade que vem sendo aferida nas edições do Concafé, concurso estadual que, na última edição, avaliou 50 amostras classificadas na categoria cafés especiais, das 306 inscritas.

O compromisso do produtor junto com a responsabilidade dos parceiros governamentais e não governamentais, sedimentam e ampliam este nível de qualidade e sustentabilidade para pelo menos 20 mil pequenos produtores, numa expectativa de produção de 5 milhões de sacas para os próximos anos. A contribuição de cada um fortalece ainda mais esse elo fundamental para o crescimento da cafeicultura rondoniense.

SEMANA INTERNACIONAL DO CAFÉ

O evento reuniu cafeicultores, torrefadores, classificadores, exportadores, fornecedores, empresários, baristas, proprietários de cafeterias e apreciadores de café em uma grande exposição que envolveu o que há de melhor em ações, técnicas e tecnologias na produção e industrialização de café com foco no conhecimento, inovação, mercado, consumo, negócios e empreendedorismo da cafeicultura brasileira.

Rondônia tem se destacado entre os melhores cafés brasileiros na categoria canéfora. Conhecido na região norte como robusta amazônico, o café rondoniense já conquistou os segundo e terceiro lugares no ano de 2017, elegendo respectivamente Tiago Novaes e André Kalk, como os melhores café do Brasil, ficando atrás somente do café produzido em Manhuaçu, na região das matas de Minas.

Em 2018, três cafeicultores rondonienses foram classificados entre os dez melhores cafés do Brasil, fazendo com que grandes empresas começassem a voltar seus olhos para o estado com vista na compra da produção local.

Neste ano, das 30 amostras mais bem classificadas na categoria canéfora, nove eram de Rondônia e três delas foram à final, sendo premiadas duas com segundo e quinto lugares.’

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