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Cultivo de cacau traz renda e sustentabilidade ambiental para Rondônia
O cacau é uma cultura que possibilita um enorme leque de oportunidades para agregação de valores no processamento do produtoRondônia possui uma área plantada de 12 mil hectares de cacau, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), e quase totalidade destes cultivos são de plantas convencionais, originarias de sementes, que aos poucos são substituídas por clones de alto rendimento, à semelhança do que vem ocorrendo de modo acelerado na cafeicultura.
A lavoura do cacau em Rondônia deverá tomar novo impulso a partir das iniciativas do governo do Estado, por meio da Seagri, que tem se juntado à Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e à Emater-RO, para incentivar os produtores a substituir os 12 mil hectares de cacau plantados no Estado, por plantas originárias de clones, altamente produtivos, trazidos do estado da Bahia.
A exemplo do que está acontecendo na cultura do café, cujas lavouras em alguns casos até triplicaram a produtividade, puxando o crescimento da produção, que em 2013 era de 1.357.000 sacas por hectare, e em 2019 chegou a 2.122.000 sacas de café. A mesma evolução é esperada para a cultura do cacau, cuja produtividade média no estado, em lavouras convencionais originárias de sementes, é de 530 quilos por hectare segundo dados da Seagri/Emater-RO, mas em lavouras originárias de clone chega-se a produzir até 3 mil quilos por hectare.
Considerando-se os dados acima, tem-se uma perspectiva otimista para a cultura do cacau em Rondônia, ainda mais, quando se verifica que o cacau é uma planta nativa da Amazônia, compatível com todos os modelos de sistemas agroflorestais. E que pode ser contada para fins reposição florestal, apoiando o produtor na solução de questões ambientais.
O cacau é uma cultura que possibilita um enorme leque de oportunidades para agregação de valores no processamento do produto, desde a produção artesanal de chocolates, licores e geleias, até a comercialização de amêndoas em grande escala, para as indústrias de outros estados e países, favorecendo a economia rondoniense, com a entrada de divisas.
Em um esforço comum, o secretário de agricultura Evandro Padovani, o diretor-presidente da Emater-RO, Luciano Brandão, e o superintendente da Ceplac, João Batista Nogueira, têm buscado investir na divulgação das tecnologias de melhoria da produção cacaueira, utilizando todas as vitrines disponíveis, e recursos humanos.
Para tanto, já foram capacitados 73 técnicos da Emater-RO, de todos os municípios, para orientar os produtores interessados em revitalizar suas lavouras ou formar novos cultivos, com o uso da tecnologia clonal de propagação de plantas.