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Estimativa da safra dos Cafés do Brasil para 2020 prevê que de cada quatro sacas três serão da espécie arábica e uma de conilon
Produção atingirá entre 57,2 milhões e 62,02 milhões de sacas, com média de 60 milhões de sacas, das quais 75% são da espécie de café arábica e 25% de conilonA primeira estimativa da safra dos Cafés do Brasil para o ano de 2020 estabelece que a produção total dos cafés arábica e conilon deverá ocorrer num intervalo de 57,2 milhões a 62,02 milhões, números que possibilitam calcular uma média aproximada do volume físico de 60 milhões de sacas de 60kg a serem colhidas nesse ano. A área também estimada para essa produção contempla 1,88 milhão de hectares, que representam um crescimento de 4% em relação à área da safra anterior, e produtividade média de 32 sacas por hectare.
Exclusivamente em relação à safra do café da espécie arábica, a produção estimada compreende o intervalo de 43,2 milhões a 45,98 milhões de sacas, o que dá uma média aproximada de 45 milhões de sacas, as quais equivalem a 75% da produção total estimada. Quanto ao café da espécie conilon, a produção calculada ficou entre 13,95 milhões e 16,04 milhões de sacas, representando assim uma média do volume produzido total perto de 15 milhões de sacas de 60kg, que correspondem a 25% do total a ser colhido. Com base nesses números estimados, pode-se inferir que nesta safra dos Cafés do Brasil de 2020, proporcionalmente, de cada quatro sacas a serem colhidas três serão da espécie arábica e uma de conilon. Contudo, tais números ainda poderão ser objeto de ajustes nas próximas etapas de levantamento desta safra.
Neste contexto, vale destacar que este primeiro levantamento da safra dos Cafés do Brasil, objeto da análise em curso, revelou que a área total cultivada com o café no País, tanto da espécie arábica como a de conilon, totaliza 2,16 milhões hectares, cultivo que representa um acréscimo de 1,4% em relação à área de 2019. E que, desse total estimado, 276,6 mil hectares estão em formação, os quais denotam uma redução de 13,3% em comparação com a safra anterior. Desse modo, conforme já foi mencionado, 1,88 milhão de hectares é que encontram-se efetivamente em produção em 2020, que representam um acréscimo de 4% em relação à safra anterior.
Registre-se que os números, dados e informações pertinentes que estão permitindo realizar estas análises da performance da cafeicultura nacional constam do Acompanhamento da Safra Brasileira Café – Primeiro Levantamento – Janeiro 2020, da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Conforme os dados deste Primeiro Levantamento, a área plantada com o café arábica ocupa 1,75 milhão de hectares que representam 81% da área total empregada com lavouras de café, número que representa incremento de 1,4% em relação à safra passada. Minas Gerais, maior produtor de café do Brasil, também concentra a maior área, com 1,22 milhão de hectares, os quais correspondem a 69,8% da área ocupada com café arábica em âmbito nacional. Vale ressaltar que a área plantada com café arábica no País tem se mantido estável nas últimas dez safras e gira em torno de 1,77 milhão de hectares.
Em relação à área destinada ao café conilon, a estimativa da Conab é de que haverá um aumento de 1,4%, a qual foi estimada em 404,3 mil hectares. Entretanto, desse total, 371,1 mil hectares estão em produção e 33,2 mil hectares em processo de formação. No Espírito Santo está a maior área, 265,2 mil hectares, seguido por Rondônia, com 71,05 mil hectares e a Bahia, com 40,9 mil hectares.
Acompanhamento da Safra Brasileira de Café - A Conab realiza quatro levantamentos da safra de café anualmente. O primeiro, ora sendo objeto de análise pela Embrapa Café, ocorre em novembro e dezembro e é divulgado em janeiro. O segundo é realizado em abril e divulgado em maio, período no qual menos de 20% do café do país foi colhido. O terceiro acontece em agosto e é divulgado em setembro, ocasião em que aproximadamente 90% da colheita foi realizada. Por fim, o quarto, realizado em dezembro e divulgado no mesmo mês, momento em que a colheita foi finalizada e possibilita que as estimativas sejam corrigidas com os dados consolidados e coletados no campo.