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Implantação do Ceasa em Rondônia vai gerar emprego e renda seguindo o modelo de gestão implantado em São Paulo

Com a implantação da Ceasa, os consumidores terão frutas, legumes e hortaliças o ano todo com preço mais acessível

Implantação do Ceasa em Rondônia vai gerar emprego e renda seguindo o modelo de gestão implantado em São Paulo

O governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha, recebeu nesta terça-feira (16) os representantes da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), da Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entrepostos de Abastecimento do Rio de Janeiro, e da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen).

Durante a reunião, o presidente da Ceagesp, Johnni Hunter Nogueira, apresentou ao chefe do Executivo o modelo de gestão para a implantação da Central de Abastecimento de Produtos Alimentícios (Ceasa) em Rondônia. Johnni Hunter Nogueira comentou que a coordenação de um empreendimento desse porte não é tarefa fácil. “A dificuldade é muito grande. Imagine administrar um negócio onde circulam mais de 50 mil pessoas por dia, 12 mil veículos e 6 mil contratos, isso só em São Paulo. Com um volume de circulação de recursos em torno dos R$ 9 bilhões ao ano”, destacou.

“A Ceagesp tem expertise no gerenciamento de grandes empreendimentos e o governo de Rondônia vai seguir a mesma cartilha, que tem sido exemplo de sucesso. O Ceasa de São Paulo é quem faz a distribuição de produtos hortifrutigranjeiros para os demais estados do país, sabe como funciona o sistema”, ponderou o governador Marcos Rocha.

O governador disse ainda que o melhor modelo para conduzir o Ceasa em Rondônia é aquele que visa a desburocratização e cria oportunidades aos futuros investidores e permissionários.

O projeto de construção da Ceasa em Rondônia está sendo elaborado em conjunto com técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Agência de Defesa Agrosilvopastoril (Idaron), Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi) e a Agência de Desenvolvimento de Porto Velho.

 

Segundo o secretário da Seagri, Evandro Padovani, que também participou da reunião, o projeto já está em andamento. “O governador Marcos Rocha pediu para focar na instalação da Central de Abastecimento de Alimentos. Todas as ações estão sendo alinhadas. A Superintendência Estadual de Patrimônio e Regularização Fundiária (Sepat) fez o georreferenciamento da área, a União já está passando as terras para o Estado. Vamos entrar com a licença ambiental para a limpeza do espaço. Ainda tem muito trabalho pela frente. Nossa meta é que em três anos a Ceasa de Rondônia esteja em pleno funcionando”.

O espaço disponibilizado de 200 mil metros quadrados, que corresponde a 20 hectares, está localizado a 17 quilômetros de Porto Velho, BR 364, sentido Cuiabá, em frente ao Distrito Industrial.

O governador Marcos Rocha acredita que com a implantação da Ceasa, além de fomentar a economia no Estado, vai gerar emprego e renda à população e fortalecer a agricultura familiar. “O governo do Estado, através da Seagri, vai regulamentar a produção, assim como os preços mínimos dos produtos hortifrutigranjeiros, principalmente do pequeno produtor, que vai cultivar com a certeza de venda garantida. Por meio de planejamento de produção, gerenciado pela Seagri e a Emater, os consumidores terão frutas, legumes e hortaliças o ano todo com preço mais acessível”, enfatizou.

DE IMPORTADOR A EXPORTADOR

De acordo com dados da Seagri e Emater, no mês de maio, Rondônia importou de outros estados quase 71 toneladas de frutas, como: Laranja, manga, uva, goiaba, abacate, limão, melancia, melancia e tangerina. Um total de mais de R$ 145 milhões gastos com importação. O estado de São Paulo é o maior abastecedor de Rondônia, com 59% da fatia nacional. Depois vem o Paraná (12%), Rio Grande do Sul (9%), Santa Catarina, Minas Gerais, Góias (4% cada), Bahia (3%), Mato Groso e Pernambuco somam 2%.

O governo de Rondônia pretende mudar essa realidade, levando em consideração o potencial do setor produtivo do Estado, que mesmo tendo que importar, abastece o Acre e o Amazonas, via fluvial, e os países vizinhos Bolívia e Peru, com produtos regionais. “Não temos dúvidas de que o estado de Rondônia será um grande centro de comercialização para atender a demanda interna e exportar o excedente para o Amazonas, Acre, Peru, Bolívia e, ainda, podemos retornar uma parte para a Ceagesp de São Paulo, que distribui aos demais estados do Brasil,” destacou Padovani.

O governador Marcos Rocha está de olho no mercado de Manaus quando a BR 319, que liga Porto Velho à capital do Amazonas, for asfaltada. “Exportar para o Amazonas, por barco, leva cerca de 5 dias. Pela estrada será questão de horas. Temos que estar preparados para atender o estado vizinho onde tem três milhões de habitantes, e 80% dos produtos que chegam ali são de outros estados. Rondônia, no futuro próximo, pode ser o celeiro para atender a demanda do Amazonas e Acre”, argumentou.

Para acelerar o projeto de implantação da Ceasa, o governador Marcos Rocha deve ser reunir com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, no mês de agosto para tratar sobre o assunto.

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