Segundo Pedro Teixeira Chaves, diretor executivo da Superintendência de Desenvolvimento do Estado (Suder), com a aprovação do Conselho, as três milhões de mudas serão adquiridas de viveiristas cadastrados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e caberá a Empresa Estadual de Assistência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), todo o trabalho de seleção dos agricultores e a distribuição em época adequada para o plantio.

Dessa forma, além da seleção dos agricultores a serem beneficiados, cabe a Emater fazer a distribuição das mudas e prestar toda a assistência técnica necessária, do plantio à colheita do café. Técnicos da empresa vão percorrer as propriedades levando orientações sobre todo o processo de produção e manejo, forma de plantio, adubação, número médio de hastes, sistema de condução de cafeeiros, desbrota e poda, medidas de controle de pragas, irrigação, colheita, secagem e armazenamento.

A variedade do café BRS Ouro Preto foi desenvolvida pela Embrapa especialmente para as condições de clima e de solo de Rondônia, e além de incrementar a produtividade das lavouras, gerando maior rentabilidade para o produtor rural, tem se revelado um produto de alta qualidade com importante participação e competitividade de nível no mercado nacional do café, com reconhecimento das melhores instituições nacionais do setor.

Nunca é demais lembrar que o estado de Rondônia é o segundo maior produtor de café conilon do país, com quase 2 milhões de sacas, e o quinto maior do Brasil, no geral. O desempenho rondoniense deve-se basicamente a substituição das lavouras tradicionais pelas lavouras com técnicas de plantio, manejo e produção modernos, e principalmente pela utilização de mudas de café melhoradas geneticamente (clonais), que mantêm as características genéticas da planta matriz e garantem a homogeneidade da lavoura, com maior tamanho de grãos, maior uniformidade de maturação dos grãos, melhor qualidade e maior produtividade.