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Meteorologista fala sobre a importância da meteorologia para a agricultura de Rondônia

O que antes eram apenas dados, em Rondônia a técnica evoluiu e foi o primeiro estado a ter uma rede de estações meteorológicas

Meteorologista fala sobre a importância da meteorologia para a agricultura de Rondônia

Nesta sexta-feira (23) é o Dia Mundial da Meteorologia, e em Rondônia, desde 2006 o meteorologista Fábio Saraiva trabalha no setor, dentro da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), com resultados que influenciam em todo o processo de produção da agricultura do estado.

A técnica é responsável por analisar e prever as variações climáticas a partir do recolhimento de informações sobre a umidade do ar, pressão atmosférica, temperatura do ar, volume da chuva, traça previsões das condições do clima em diferentes regiões, e Fábio diz que, apesar da Lei 6.835 só ter sido promulgada em 14 de outubro de 1980 regulamentando a profissão no Brasil (data em que se comemora o Dia do Meteorologista), em Rondônia a técnica já era desenvolvida desde 1928.

“Temos um histórico graças a esses estudos, que na época eram feitos pelo Instituto Nacional de Meteorologia, ligado ao Ministério da Agricultura, através das estações que medindo tempo e clima nos aeroportos. Somente em 1985, com o zoneamento socioeconômico estadual, o Planaflora, foi que tivemos a instalação de uma rede de estações meteorológicas instaladas pelo estado. Quem impulsionou isso, à época, foi Marcelo Gama, o primeiro meteorologista em Rondônia, e que embarcou nesse projeto”, conta Saraiva.

O que antes eram apenas dados, em Rondônia a técnica evoluiu e foi o primeiro estado a ter uma rede de estações meteorológicas, criando informações que alimentam o Ministério da Agricultura para o zoneamento de risco e mapa do estado. “Essas informações auxiliam nos períodos de plantio das culturas. Nós temos a rede, a tabulação desses dados, as informações são disponibilizadas para o Ministério da Agricultura, o que eles juntam aos estudos de solos e culturas para fazer o zoneamento”, completa o profissional.

Com o histórico de dados e informações, foi criada a Sala de Situação de Monitoramento de Eventos Hidrológicos e Hidrometeorológicos, com a parceria da Agência Nacional de Águas (ANA), quando em 2014, aconteceu a maior enchente do Rio Madeira de todos os tempos. “Nessa sala de situação monitoramos os eventos hidrometeorológicos críticos, como grandes enchentes, grandes precipitações, e dar o alertas que, inclusive, dão embasamento à Defesa Civil sobre as áreas de risco. Toda semana enviamos a todos os envolvidos de três a quatro boletins que dão conta dessas informações para que cada organismo faça o seu papel”, conclui o meteorologista.

O Dia Mundial da Meteorologia é alusivo à data de criação da Organização Meteorológica Mundial (OMM), instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), como agência responsável pela parameteorologia de tempo, clima, hidrologia operacional e ciências geofísicas, facilitando a cooperação mundial em determinados eventos climáticos, fornecendo dados climáticos de todo o mundo.

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