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Missão Pró Grãos busca em Rondônia técnicas para implantar agronegócio forte no Acre

O objetivo do governo acreano é de que essas culturas sejam inseridas no setor produtivo, atualmente predominante pela cria, recria e engorda bovina

Missão Pró Grãos busca em Rondônia técnicas para implantar agronegócio forte no Acre

Uma comitiva composta por 40 pecuaristas e representantes do governo do Acre está em Rondônia com o objetivo de conhecer mais de perto as cadeias produtivas de grãos como soja, milho e arroz, além das respectivas tecnologias aplicadas nas lavouras e os desdobramentos para geração de emprego e renda. A missão iniciou na sexta-feira (11), em Porto Velho, e encerrou na terça-feira (15), em Cerejeiras, com visitações aos plantios, comércios e indústrias rondonienses.

O objetivo do governo acreano é de que essas culturas sejam inseridas no setor produtivo, atualmente predominante pela cria, recria e engorda bovina. Para tanto, os pecuaristas que compõem a comitiva já são produtores rurais em grande escala e com reais interesses em diversificar a produtividade a partir de grãos.

A comitiva foi recepcionada na sexta-feira pelo governador Marcos Rocha, no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, ocasião em que os acreanos tiveram ampla visão do agronegócio rondoniense a partir das apresentações do cenário econômico-social com gráficos e ilustrações conduzidas por técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron).

Neste primeiro encontro foram abertas as discussões para o intercâmbio entre os dois estados e o fortalecimento das bancadas federais da região Norte. “Temos de nos unirmos para lutar pelo nosso desenvolvimento”, disse o governador Marcos Rocha, selando parceria com o gestor acreano Gladson Cameli, o qual foi convidado juntamente com a comitiva a conhecer a Rondônia Rural Show, que ocorre de 22 a 5 de maio em Ji-Paraná. Uma das propostas do intercâmbio é que os dois estados mantenham políticas fiscais alinhadas em benefício da impulsão do agronegócio.

No sábado (12) a comitiva iniciou as visitações a campo. A primeira visita ocorreu na fazenda Céu Azul, no acesso a Cujubim pela rodovia BR-364, aonde os participantes conheceram o plantio de soja. No domingo (13) pela manhã, a missão Pro Grãos conheceu as instalações da Rical Indústria e Comércio de Arroz Limitada, em Ji-Paraná. É a principal indústria do gênero em Rondônia com quatro unidades de armazenamento e duas de beneficiamento. A indústria atende aos mercados de Rondônia, Acre, Sul do Amazonas e exporta para Bolívia e Peru.

No Acre a cultura de arroz e soja é incipiente. “A ideia é abrir fronteira agrícola de uma maneira forte que, no futuro, vá solidificar o Acre como produtor em potencial no Norte, assim como já ocorre em Rondônia”, declarou o secretário estadual de Produção e Agronegócio do Acre, Paulo Wadt, ao acompanhar no domingo (13) a comitiva na visitação à indústria de arroz, a Rical, em Ji-Paraná.

Os diretores da Rical recepcionaram os visitantes e apresentaram o histórico da produção do arroz em Rondônia, datada de 1995 o plantio em larga escala. Em seguida, a comitiva foi conduzida em visita técnica às dependências da indústria e de um plantio demonstrativo na própria instalação industrial.

Para Vanessa Rack, da Rical, o plantio do arroz no Acre vem agregar ao crescimento regional. “Os investidores em potencial são produtores rurais com capacidade financeira e comercialmente estáveis. Isso é um sinalizador favorável para o sucesso do novo empreendimento”, opina Rack.

Gil Ederson Moreira é pecuarista e produtor de milho na cidade de Senador Guiomar, distante 30 quilômetros de Rio Branco, a capital do Acre. Ele disse que ficou impressionado com a grandiosidade da indústria Rikal e o crescimento produtivo do plantio do arroz em Rondônia.

“Pelos números e gráficos apresentados pela Vanessa me parece sim um investimento seguro e rentável. Precisamos de mais informações detalhadas sobre esse grão e devemos dirimir essas dúvidas em outras visitações”, disse Gil Ederson, afirmando que o milho produzido é consumido no processamento de ração para o rebanho de 25 mil cabeças bovinas na própria fazenda.

Ele fez questão de elogiar a automatização da indústria Rical e os cuidados com a limpeza. “Quando se trata de alimentos a higiene é fundamental”, observou o acreano, com olhares atentos a todo o processamento de embalagem do grão.

De Ji-Paraná, a comitiva seguiu a Cacoal e Vilhena para rodadas de negócios, ainda no domingo. Na segunda (14) e terça-feira (15), os investidores acompanhados dos representantes governamentais permanecem no Sul de Rondônia aonde farão visitas técnicas a sistemas produtivos de soja e de milho.

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