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Produção mundial de café robusta aumenta 12% e atinge volume de 62 milhões de sacas na safra 2017-2018
Em termos globais, a produção de café atingirá volume de 160 milhões de sacas, sendo 61% de arábica e 39% de robustaA produção mundial de café no ano-safra 2017-2018 está estimada em 159,66 milhões de sacas de 60kg, das quais 97,43 milhões de sacas serão de café arábica e 62,24 milhões de sacas de café robusta. Esses números demonstram que haverá uma pequena redução da produção de café arábica de 4,6%, em relação ao período anterior, que foi compensada pelo aumento de 12,1% no volume de café robusta, o que resultou em acréscimo de 1,2% da safra total. Ainda assim, a produção mundial do ano-safra 2017-2018 será inferior ao consumo mundial em torno de 254 mil sacas, o qual está estimado em 159,92 milhões de sacas.
Com relação à produção de café em nível mundial, estima-se redução do volume de produção apenas na América do Sul, que deve produzir 70,59 milhões de sacas, ou seja, 6,1% a menos que o período anterior. A produção da África deverá aumentar em 3,2% e atingir 17,66 milhões de sacas; a da Ásia & Oceania deverá aumentar 10% - 49,49 milhões; e a do México & América Central, 7,1% - 21,92 milhões de sacas. Esses números de produção e consumo de café constam do Relatório sobre o mercado de Café – maio 2018, da Organização Internacional do Café – OIC, o qual está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Para a Organização, o ano cafeeiro corresponde ao período de outubro a setembro.
De acordo com a OIC, oito dos dez maiores países produtores de café terão incremento no ano-safra 2017-2018. O ranking desses dez maiores países produtores é o seguinte: Brasil, em primeiro lugar, com 51 milhões de sacas; Vietnã, em segundo, com 29,5 milhões de sacas; Colômbia, em terceiro, 14 milhões de sacas; Indonésia, na sequência, com 12 milhões; Honduras, em quinto, 8,35 milhões; seguido esse ranking, vem a Etiópia, com 7,65 milhões; Índia, em sétimo, 5,84 milhões; Uganda, 5,10 milhões; Peru, nono colocado, 4,30 milhões; e México, em décimo lugar, com quatro milhões de sacas de 60kg.
Em relação especificamente ao mês de abril de 2018, o Relatório da OIC destacou que as exportações totalizaram 10,18 milhões de sacas, e que aumentaram 7,1% em relação ao total exportado em abril de 2017. E, de forma semelhante, houve aumento nas exportações dos cafés robustas em torno de 14,1%, no mesmo período comparado. Nesse sentido, as exportações do Brasil e da Colômbia aumentaram 4% e 3%, respectivamente em abril de 2018, em comparação com abril de 2017. Em contraponto, as exportações de café da Indonésia e Uganda, que também figuram entre os dez maiores produtores mundiais, tiveram redução de 23,4% e 9,3%, também em comparação com os volumes dos meses de abril de 2018 e 2017.
No que concerne às exportações de café, nos sete primeiros meses do ano cafeeiro de 2017-2018 (período de outubro a abril), o Relatório sobre o mercado de Café – maio 2018 demonstra que as exportações de três dos dez maiores produtores diminuíram durante os sete primeiros meses do ano cafeeiro ora em destaque, em relação às exportações do mesmo período anterior. Nesse mesmo contexto, as exportações brasileiras no período analisado registraram queda de 5,7%, também se comparadas com o ano anterior. A OIC suscita ainda nas suas análises que o consumo interno crescente do Brasil pode estar influenciando na redução dos volumes exportados. No entanto, a Organização estima maior volume de exportação para a safra de 2018-2019, que ainda está em curso no Brasil, em decorrência do ciclo produtivo de bienalidade positiva. A bienalidade, no caso, é um fenômeno da cafeicultura que alterna produtividade menor em um ano com maior no ano seguinte.
Confira esses números e análises da performance da cafeicultura mundial, além de várias outras informações de interesse do setor, no Relatório sobre o mercado de Café – maio 2018, da OIC, que está disponível na íntegra no Observatório do Café. A OIC, da qual o Brasil é um dos países-membros, tem como objetivo principal promover a sustentabilidade da cafeicultura global, tanto para os países produtores como para os consumidores. A Embrapa Café, por meio do Comitê Diretor do Acordo Internacional - CDAI, do Conselho Deliberativo da Política do Café - CDPC/Mapa, participa oficialmente das discussões acerca desse Acordo.