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Produtividade é maior responsável pelo aumento da rentabilidade de café no Brasil
Em Rondônia, por exemplo, entre 2008 e 2013 o uso de métodos de plantio menos tecnificados teve reflexos na baixa produtividade e na rentabilidade, levando prejuízo ao produtor em três dos seis anos.
Os efeitos positivos da mecanização na produtividade do café são um fato real, refletido na rentabilidade. Por outro lado, há uma tendência de crescimento dos gastos com agrotóxicos. Estas informações, entre outras, estão em estudo divulgado nesta terça-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O trabalho, intitulado "A Cultura do Café: Análise dos Custos de Produção e da Rentabilidade nos Anos-Safra 2008 a 2017", aponta a produtividade como responsável pela melhoria de rentabilidade tanto da variedade arábica quanto do conilon.
Em algumas áreas de cultivo do arábica, como Luiz Eduardo Magalhães/BA e Cristalina/GO, a rentabilidade foi positiva em quase todos os anos analisados. O mesmo ocorreu com Patrocínio e São Sebastião do Paraíso/MG, onde houve comportamento semelhante em 2011 a 2016, com exceção de 2013. Também Franca (SP) e Londrina (PR) tiveram recuperação positiva a partir do ano de 2014, com a verificação de melhor remuneração do produtor. Já os produtores de café arábica de Venda Nova do Imigrante (ES) somente tiveram resultados positivos em dois dos nove anos analisados (2012 e 2016).
No caso da produção de conilon, o comportamento também não foi uniforme. Em Rondônia, por exemplo, entre 2008 e 2013 o uso de métodos de plantio menos tecnificados teve reflexos na baixa produtividade e na rentabilidade, levando prejuízo ao produtor em três dos seis anos analisados. A partir de 2015, com a mudança radical no pacote tecnológico, a tendência se inverteu e houve forte aumento na produtividade e melhor remuneração dos produtores. Já em Pinheiros, no Espírito Santo - principal estado produtor de conilon - a boa produtividade e os preços recebidos pelos produtores de conilon foram essenciais para atingirem bons resultados em todos anos analisados.
O estudo, produzido pela área de Informação do Agronegócio da Conab, está disponível no site da Companhia. Acesse aqui.