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Programa “Plante Mais” vai incentivar aumento da produção cafeeira e cacaueira em Rondônia
A cafeicultura tem sido um dos carros-chefe da economia de Rondônia.O Governo de Rondônia, por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO) deu início nesta semana à implementação do programa “Plante Mais” que prevê a distribuição de cinco milhões de mudas de café clonal e 600 mudas de cacau clonal a produtores familiares. A ação faz parte do processo de combate ao desmatamento no estado e incentivo ao aumento da produtividade dessas culturas, visando rentabilidade e geração de renda à família rural.
O programa vai incentivar o aumento da produção cafeeira e cacaueira e para isso, distribuirá cinco milhões de mudas de café clonal a serem distribuídas até 2.500 mudas de café clonal por produtor. “Será a maior distribuição de mudas de café feitas por um governo em um ano”, diz Flávio. Também serão distribuídas, com mudas do acordo anticorrupção (lava-jato), da Seagri e de emendas parlamentares, 600 mil mudas de cacau clonal a serem distribuídas até 1.000 mudas de cacau clonal por produtor.
Os escritórios locais da Emater-RO já estão levantando as demandas de suas regiões e, em reunião recente, coordenada pelo diretor técnico da autarquia, Anderson Khül, foram deliberados o acesso e os critérios de distribuição, bem como a logística para que essas mudas cheguem até os produtores
CAFEICULTURA
A cafeicultura tem sido um dos carros-chefe da economia de Rondônia. Seu crescimento, tanto na produção quanto na qualidade dos grãos produzidos tem despertado interesse de mercados nacional e externo, elevando Rondônia ao patamar ao 6º lugar nacional na produção total de café e 2º na produção de café clonal.
Os concursos de produtividade e qualidade do café de Rondônia (Concafé) têm grande responsabilidade nesse crescimento e cada vez mais aumenta o número de produtores interessados a iniciar, recuperar ou melhorar a sua lavoura. Estima-se hoje que foram implantados entre 1.500 a 2.000 novos hectares de café clonal, o que poderá totalizar entre 45 a 50 mil hectares de café em todo o estado, levando Rondônia a produzir cerca de 2,2 milhões de sacas de café, segundo dados levantados pelo responsável pela área vegetal na Emater-RO, Fausto Lima Farias de Souza.
CULTIVO DO CACAU
O cacau também vem ganhando incentivo governamental. A parceria firmada entre a Emater, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), tem desenvolvidos ações que estão levando a lavoura cacaueira rondoniense a despontar como um dos maiores produtores brasileiros, classificando-se hoje no terceiro lugar no ranking de produção de cacau no Brasil, superado apenas por Bahia e Pará que estão empatados tecnicamente no primeiro lugar.
Levantamento recente feito pela Seagri aponta que a área total de cacau clonal e seminal está próxima a 12 mil hectares e as mudas que serão distribuídas têm potencial para aumentar a área plantada em até 600 mil hectares e, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Rondônia conta com produtividade de 651 kg/hectare e uma produção de 6.003 toneladas de cacau.
RECURSOS
Os recursos financeiros para aquisição dessas mudas são oriundos das parcerias em prol do desenvolvimento do setor produtivo do Estado. Três milhões de mudas de café clonal serão provenientes de recursos do Governo e de Emendas Parlamentares repassadas diretamente a Seagri, um milhão refere-se a repasse de mudas de café clonal aos produtores rurais pelo acordo anticorrupção e um milhão será repassado pela Emater por meio de emendas. Já, para distribuição das mudas de cacau clonal, 275 mil serão provenientes do acordo anticorrupção e 325 mil de emendas.
SENSIBILIZAÇÃO
Essa ação, além de contribuir para o aumento na produção das lavouras cafeeira e cacaueira no estado, será de grande importância na sensibilização e fortalecimento das unidades produtivas dos agricultores familiares com práticas produtivas que contribuirão para a conservação do solo e aumento de renda da família, além de contribuir com a diminuição das ações de desmatamento e de queimadas na região amazônica.