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Safra de café de Alto Paraíso poderá ter produtividade média cinco vezes maior que há 4 anos

Os resultados ainda poderão ser melhores com investimento em tecnologia.

Safra de café de Alto Paraíso poderá ter produtividade média cinco vezes maior que há 4 anos

Em Alto Paraíso os produtores de café já começam a colher os resultados dos investimentos na recuperação das lavouras antigas com a introdução de clones recomendados pela pesquisa e pelo serviço de assistência técnica e extensão rural da Emater-RO. Em pelo menos 120 hectares de café de agricultores familiares assistidos, as produtividades cresceram de 2016 para cá, de quatro a cinco vezes.

O município sempre foi forte no cultivo do café, um dos carros chefe da economia agrícola na região, no entanto na última década, os levantamentos feitos pela Conab, em parceria com Emater-RO, para verificar a expectativa de safra vinham revelando uma forte queda na produção, resultados que se confirmavam na pesquisa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, que indicavam uma produtividade de média de no máximo 12 sacas por hectare.

Os dados das pesquisas motivaram uma reação dos produtores e entidades do setor agrícola e, para mudar a situação, foram implantados no município dois projetos oficiais de assistência rural, executados pela Emater-RO: o Diagnostico Rural Sustentável (DRS, café paraíso) e a Chamada Pública do Café (lote 11), através de convênio com o antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). “Os projetos incentivavam a cultura com crédito rural facilitado e assistência técnica sistemática”, disse a engenheira Agrônoma Rosângela Veiga, gerente local da Emater-RO.

A gerente ainda destaca mais uma ação fundamental da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), que foi a distribuição de mudas de café clonal, trabalho que teve acompanhamento direto do secretário Evandro Padovani. A partir daí as produtividades melhoram a ponto de, nesta safra, se esperar até 80 sacas de café por hectare nas áreas assistidas. “E os resultados não são ainda melhores porque os produtores ainda não conseguem arcar com todos os custos para introdução imediata da alta tecnologia, já disponível no mercado, como irrigação, fertilizantes, corretivos e defensivos modernos”, diz Rosângela Veiga, que acredita que a cafeicultura da região tem potencial para chegar a 120 sacas por hectare.

 

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