Originário da bacia do Rio Amazonas, o cacau já era cultivado pelos índios, principalmente os Astecas, no México, e os Maias, na América Central que o cultuavam como uma planta sagrada. No Brasil, o cultivo foi introduzido em 1679, com a Carta Régia que autorizava os colonizadores a plantá-los em terras brasileiras.

Apesar das diversas tentativas fracassadas devido à pobreza dos solos paraenses, em 1780 o Pará chegou a produzir mais de 100 arrobas de cacau. Entretanto, o cultivo não vingou, tornando-se apenas mais uma atividade extrativista.

Plantado na Bahia em 1746, o cacau se adaptou bem ao clima e solo local, levando a Bahia a se tornar o maior produtor de cacau do Brasil. Hoje o estado baiano produz 90% do cacau brasileiro, seguido pelo Espírito Santo, com 3,5%, ficando a Amazônia em terceiro maior produtor de cacau com 1,5% da produção nacional.

O cacau é um produto muito consumo e apreciado em várias partes do mundo. O chocolate puro extraído do fruto contém flavonóides, substancia que contribui na redução da oxidação das células, o que o faz ser considerado um alimento nobre.

Em Rondônia, o resgate da cultura vem sendo intensificado desde 2015, com a introdução de novos clones com características mais propícias para a região amazônica. Eventos como a Semana do Cacau, realizada em meados de agosto deste ano em Ouro Preto do Oeste têm reunido técnicos, extensionistas e produtores rurais para levar conhecimentos teóricos sobre enxertia, produção de mudas, pragas e doenças, adubação, produção e comercialização do produto.

Com isso, a Emater-RO, em parceria com a Ceplac, está contribuindo para a melhoria da qualidade das plantações de cacau no estado e incentivando a implantação de novas lavouras com práticas de manejo adequadas e inserção de tecnologia ao produtor familiar.