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Cafés do Brasil geram receita cambial de US$ 5,64 bilhões no ano safra 2016/2017
Exportações atingiram 33 milhões de sacas de café ao preço médio de US$ 171,48. Principais destinos foram EUA, Alemanha, Itália, Japão e BélgicaAs exportações dos Cafés do Brasil totalizaram 32,9 milhões de sacas de 60kg no período de julho de 2016 a junho de 2017 e geraram receita cambial de US$ 5,64 bilhões, com preço médio de US$ 171,48 por saca. Tais números representam aumentos de 5% na receita cambial e de 13,4% no preço médio da saca, se comparados com o mesmo período anterior, quando a receita cambial foi de US$ 5,37 bilhões e o preço médio de US$ 151,16. Com esses resultados, o Brasil continua em primeiro lugar na exportação do café, além de ser também o primeiro na exportação do açúcar, suco de laranja, carne de aves e soja, e, com isso, tem-se mantido como terceiro exportador agrícola do mundo, atrás da União Europeia e Estados Unidos.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, no seu Relatório mensal junho de 2017, analisando o desempenho do setor, apontou que desse volume das exportações de café de 32,9 milhões de sacas, 28,9 milhões de sacas foram de arábica e 278 mil sacas de robusta. Adicionalmente, a exportação de café solúvel totalizou 3,6 milhões de sacas e o Torrado & Moído, aproximadamente, 29 mil sacas, no período de julho de 2016 a junho de 2017. Especificamente em relação ao mês de junho deste ano, o total das exportações dos Cafés do Brasil apresentou queda de 16,3%, registrando o volume de 2,051 milhões de sacas. E a receita cambial alcançou US$ 341,8 milhões, cujo preço médio por saca foi de US$ 166,63, representando aumento de 13,5% em comparação ao valor médio de junho de 2016.
Com relação ao primeiro semestre de 2017, o Relatório do Cecafé destaca que o Brasil exportou 14,9 milhões de sacas, com decréscimo de 8,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. E que, apesar dessa redução, a receita cambial de janeiro a junho deste ano foi de US$ 2,6 bilhões, com aumento de 8,2% em relação ao ano passado, que foi de US$ 2,4 bilhões.
Cafés Diferenciados – O Relatório mensal junho de 2017, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, também demonstra que a exportação dos cafés diferenciados, os quais têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis e incluem os cafés especiais, totalizou 4,9 milhões de sacas no ano safra 2016/2017. No acumulado do primeiro semestre de 2017, os cafés diferenciados registraram volume de exportação equivalente a 2,2 milhões sacas. Os EUA foram a nação que mais importou cafés diferenciados do Brasil com 397,742 mil sacas, seguido pela Alemanha (317,377 sacas), Bélgica (297,197), Itália (211,084) e Japão (209,220).
Principais destinos – Os EUA mantiveram a liderança como o país que mais importou Cafés do Brasil no ano safra 2016/2017, com 6,431 milhões de sacas, representando 19,5% do total. A Alemanha, como segundo maior importador, totalizou cerca de 5,881 milhões de sacas, ou seja, 17,9%. Em terceiro lugar no ranking de importação de café foi a Itália, com 2,990 milhões (9,1%); em quarto, o Japão com 2,337 milhões sacas (7,1%); e, em quinto, a Bélgica, que importou 1,957 milhões sacas (5,9% das exportações). Vale destacar ainda que nesse mesmo período houve aumento das exportações de café para a Rússia (15,7%), Turquia (20,4%) e França (15,7%).