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Caminhos do Leite, Café e Peixe mostram evolução, boas práticas e inovações tecnológicas das cadeias produtivas de Rondônia
Caminhos do Café, Peixe e Leite são atrativos da 8ª Rondônia Rural ShowA evolução, inovações tecnológicas, incentivos e boas práticas de três cadeias produtivas do Estado estão em exposição na 8ª Rondônia Rural Show, nos caminhos do Café, Peixe e Leite. Com salas temáticas, técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO) e a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) explicam ao público a história, os desafios e os avanços de cada um desses setores e ainda é possível degustar produtos regionais desde o iogurte ao café.
O zootecnista da Emater, José Renato Alves, explica que o objetivo do Caminho do Leite é mostrar as ações desenvolvidas pelo governo do Estado e executadas em campo pela Emater, ou seja, apontar as tecnologias que foram implantadas e os resultados alcançados. São três salas multidisciplinares que mostram o processo desde a alimentação do animal até o produto chegar na mesa dos consumidores.
Na primeira sala, os visitantes recebem informações sobre a alimentação do animal através do sistema rotacionado da pastagem, onde são feitos o revezamento dos animais por piquete com o objetivo de recuperar o pasto para ser novamente utilizado pelos animais. Além de apontar os métodos utilizados como adubação e tipos de forragens de gramíneas mais adequadas para trabalhar no sistema e ainda suplementação alimentar visando aumento da produção da vaca leiteira.
Enquanto que na segunda sala é mostrada a importância e a tecnologia aplicada através da inseminação artificial e da transferência de embrião (fertilização in vitro). ‘‘Quanto à inseminação artificial existe o programa Proleite e dentro dele o projeto Inseminar, com mais de 180 vacas inseminadas e mais 150 animais nascidos oriundos do projeto. O objetivo é mostrar ao produtor qual a melhor tecnologia a adotar visando a melhor qualidade no efeito reprodutivo, melhorando a genética do animal para a produção de leite’’, disse o zootecnista.
Na terceira sala, o tema é a sanidade animal. Com orientações do manejo de ordenha seja manual ou mecanizada para evitar que a vaca tenha mastite e contamine o leite. Também se discute a agregação de valor do produto com qualidade. O caminho do Leite atraiu cerca de 300 visitante apenas na quinta-feira (23).
CAFÉ
O extensionista rural da Emater, Rafael Cidades, explica que o Caminho do Café é uma oportunidade para produtores e curiosos se inteirarem do panorama da cafeicultura rondoniense. A estrutura é composta por três salas onde são exibidos vídeos de até cinco minutos com temáticas específicas, inclusive um deles traz o relato de mulheres produtoras de café que contam a trajetória dentro do setor.
Outra fala sobre o manejo da irrigação, onde os próprios cafeicultores compartilham os cuidados que têm no uso adequado da água, para não só atingir a produtividade, mas também por uma questão ambiental. ‘‘Na última sala, os visitantes tem a oportunidade de degustar os melhores cafés de Rondônia, aqueles premiados no concurso de qualidade de café, o Concafé. Eles podem tomar o café puro ou ainda o gelado’’, disse o extensionista.
O Concafé caminha para a quarta edição e os produtores são orientados a procurar os escritórios da Emater e se inteirar do regulamento. ‘‘A qualidade tem despertado interesse não só dos cafeicultores, mas das indústrias e o nosso grande desafio é aumentar nossa produtividade, mas também aumentar o volume de cafés especiais’’, considera.
A produtividade média de Rondônia de 34 sacas por hectare e estima-se que o estado tenham 18 mil produtores. ‘‘Das culturas agrícolas, a cafeicultura é uma das maiores arrecadadoras de ICMS, é uma atividade típica da agricultura familiar, mas que tem despertado também o interesse de grandes empresários’’, avalia.
PEIXE
Rondônia continua sendo o Estado com maior produção de peixes nativos do País. O Caminho do Peixe também é composto por três salas. Na primeira delas, os visitantes recebem informações sobre a cadeia produtiva do pescado em Rondônia desde a quantidade de piscicultores, onde estão localizadas as maiores produções até o fomento de agroindústrias neste setor. Já na segunda sala são ensinadas práticas de manejo.
‘‘Esse ano nós abordamos o manejo nutricional e alimentar dos peixes. Então explicamos como se deve acondicionar a ração e como a biometria deve ser realizada’’, explica a gerente de Aquicultura e Pesca da Seagri, Maria Mirtes de Lima Pinheiro. Enquanto que na terceira sala são abordados três temas: sucessão familiar, o Prove como política pública de incentivo a verticalização da produção e uso sustentável da água.