#Agronegócio
Conab prevê nova queda do açúcar e aumento do etanol na safra 2018/19
Retração é de 6,3% em relação à safra anterior. No caso do combustível, maior oferta se deve em parte ao aumento da demanda pelo produtoA melhoria na qualidade da cana-de-açúcar motivou aumento de 1,4% na produção total de etanol, que deverá chegar a 28,16 bilhões de litros, de acordo com o 1º Levantamento da Safra 2018/2019, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quinta-feira (3). Outro motivo da opção pelo combustível é a queda dos preços do açúcar no mercado internacional.
No caso do etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, o aumento é de 7% em sua produção, devendo chegar a 11,86 bilhões de l, com elevação justificada pelo maior consumo de gasolina que vem persistindo nos últimos anos.
Já a produção de etanol hidratado, que é o próprio álcool biocombustível, deverá ser de 16,3 bilhões de l, com queda de 2,3% (380,38 milhões de l). Como consequência do aumento do etanol, a produção de açúcar deverá ficar em 35,48 milhões de t, ou seja, em retração de 6,3%, em comparação com a safra 2017/18 (37,87 milhões de t).
A produção total de cana-de-açúcar está estimada em 625,96 milhões de toneladas, demonstrando redução de 1,2% em relação à safra 2017/18, que fechou em 633,26 milhões de t.
A área colhida está estimada em 8,61 milhões de hectares, com queda de 1,3%. A devolução de terras arrendadas e rescisão de contratos com fornecedores contribuíram para a manutenção dos índices de queda já sinalizados no fechamento da safra anterior.
Pesquisa de emprego
Cid Caldas, coordenador de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, adiantou durante o anúncio na Conab que está em andamento um trabalho novo no setor para levantar informações sobre emprego. “Nós estamos colhendo junto a unidades produtoras como anda o emprego. Com a modernização do plantio e da colheita da cana, muitos empregos deixaram de existir. E ninguém sabe ao certo quanto essa indústria emprega”, afirmou.
De acordo com o coordenador, esse é um trabalho que está sendo aperfeiçoado, “ainda faltam alguns ajustes. Mas vai ser interessante junto com a estimativa de produção de açúcar, etanol e cana termos uma visão da empregabilidade desse setor”.
Clique para acessar o estudo