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Exportação global de café atinge 84 milhões de sacas com média mensal de 10,5 milhões no acumulado de oito meses

Cafés do tipo arábica representaram 63% das exportações em nível mundial e robustas 37% no período de outubro de 2019 a maio de 2020

Exportação global de café atinge 84 milhões de sacas com média mensal de 10,5 milhões no acumulado de oito meses

As exportações de café, em nível mundial, no acumulado de oito meses seguidos, no período de outubro de 2019 a maio de 2020, totalizaram 83,81 milhões de sacas 60kg, volume físico que representa uma ligeira queda de 4,7%, se comparado com o mesmo período anterior, cujo volume exportado foi de 87,96 milhões de sacas. 

No mesmo período objeto deste comparativo, também em nível mundial, de outubro de 2019 a maio de 2020, vale destacar que as exportações dos cafés do tipo Suaves Colombianos atingiram 9,33 milhões de sacas, número que representou uma queda de 7,9%, e, ainda, que os cafés classificados como Outros Suaves diminuíram 7,4% ao somarem 16,58 milhões de sacas. Quanto aos cafés do tipo Naturais Brasileiros, cujo volume exportado foi de 26,23 milhões de sacas, tal venda representou uma redução de 9,6%.

Dessa forma, as exportações mundiais dos cafés do tipo arábica totalizaram 52,14 milhões de sacas, volume que representa aproximadamente 62,34% desse total e, em  contrapartida, os cafés do tipo Robusta, que registraram aumento de 2,5% nas exportações, com 31,67 milhões de sacas, atingiram 37,7% do volume total vendido aos países importadores no período citado, de outubro de 2019 a maio de 2020.

Neste mesmo contexto de avaliação da performance das exportações mundiais de café, considerando apenas o acumulado no período de seis meses, ou seja, de outubro de 2019 a março de 2020, verifica-se que os Cafés do Brasil foram em volume físico os principais importados pela  União  Europeia, cujas vendas para esse bloco de países responderam por 20%, no período dos seis meses em destaque. Na sequência vem o Vietnã, cuja participação foi 13,8%, a Colômbia, com 3,9%, Honduras (3,8%) e, finalmente, Uganda, que respondeu por 3,2% das importações pela UE.  

Assim, neste período em foco, as importações dos Cafés do Brasil, maior produtor mundial, pela UE, a propósito de terem atingido o volume físico de 8,32 milhões de sacas registraram uma ligeira redução de 6,7%, assim como as vendas dos cafés do Vietnã, segundo maior país produtor de café do mundo, para esse mesmo bloco de países, que somaram 5,74 milhões de sacas, esse volume representou uma queda de 10,4%, se comparados com o mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, tendo como referência os mesmos seis meses de importações pela UE, os cafés da Colômbia, terceiro maior país produtor, somaram 1,63 milhão de sacas, com 0,3% de crescimento.

Antes de avançar com esta análise em relação aos demais países exportadores e importadores de café, convém esclarecer que os dados e números em destaque da cafeicultura mundial, tanto do desempenho acumulado de oito como de seis meses, foram obtidos do Relatório sobre o mercado de Café – junho 2020, da Organização Internacional do Café – OIC. Tal Relatório está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. E, ainda, conforme consta de tal Relatório, os cafés em nível mundial para a OIC são classificados em ‘Suaves Colombianos’, ‘Outros Suaves’, Naturais Brasileiros’ e ‘Robustas’; e, mais que isso, que o ano-cafeeiro para a OIC compreende o período de outubro a setembro.

Feitos esses esclarecimentos, conforme ainda consta do Relatório da OIC, o quarto país que mais exportou cafés para a UE, no período de outubro de 2019 a março de 2020, ou seja,  na metade do ano-cafeeiro da Organização, foi Honduras, com 1,57 milhão de sacas, com o expressivo aumento de 20,7% em relação aos primeiros seis meses do ano-cafeeiro anterior, seguido de Uganda, com 1,35 milhão de sacas. Adicionalmente, ressalte-se que cerca de 70% das importações da UE foram de cafés verdes e 10% de café solúvel. 

Outro ponto que merece destaque nesta análise é que na citada primeira metade do ano  cafeeiro 2019-2020, a qual compreende os meses de outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março, o Brasil, a Índia e o Vietnã foram fontes significativas de exportação e fornecimento de café solúvel para a UE, países que exportaram, respectivamente, 5,4%, 4,7% e 3,5%, do total das aquisições de café solúvel por esse bloco de países.

Neste mesmo período citado de apenas seis meses do ano-cafeeiro da OIC, vale ainda destacar que as exportações do Brasil e da Colômbia para os EUA responderam por 53,6%. E, na sequência, as do Vietnã equivaleram a 9,1%, México, 4,9%; e Peru, 4,1%, das importações dos EUA. Com base nesses dados, registre-se que as exportações dos Cafés do Brasil ao atingirem 4,21 milhões de sacas tiveram redução de 2,7% no período estudado. Na sequência, as exportações procedentes da Colômbia diminuíram 10,3%, com 3,15 milhões; e as do Vietnã, 18,5%, com 1,25 milhão de sacas.

Conforme ainda o Relatório sobre o mercado de Café – junho 2020, da OIC, as exportações do México para os EUA perfizeram um total de 672 mil sacas, volume que equivale a 21,5% menos que no período de outubro de 2018 a março de 2019, enquanto os embarques do Peru caíram 27,3%, para 558.000 sacas. Finalmente, há que se destacar que os cinco maiores países exportadores de café solúvel para os EUA foram Brasil, México, Colômbia, Índia e Espanha, que responderam por 87,8% do total adquirido pelos norte-americanos. 

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