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Exportações do agronegócio atingem US$ 10,9 bilhões em agosto
Somente em 2013, as exportações brasileiras do agro tinham alcançado a marca para o mês. Alta dos preços no mercado externo favoreceu resultado.A balança comercial do agronegócio registrou valor recorde no mês de agosto, motivada, principalmente, pela alta dos preços internacionais das commodities exportadas pelo Brasil. O valor exportado foi de US$ 10,90 bilhões, cifra 26,7% superior aos US$ 8,60 bilhões exportados no mesmo mês de 2020.
Somente em 2013, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o mesmo patamar de US$ 10 bilhões para os meses de agosto.
Apesar do recorde do valor exportado, a participação do agronegócio no total das exportações do país caiu de 49,4% (agosto/2020) para 40,1% (agosto/2021).
As importações de produtos do agronegócio subiram de US$ 912,47 milhões, em agosto de 2020, para US$ 1,25 bilhão, em agosto de 2021 (+37,2%). Os valores foram influenciados pela alta dos preços internacionais, como no caso do trigo e óleo de palma, com aumento do preço médio importado em 23,1% e 67,6%, respectivamente. Desta forma, o saldo da balança comercial do agronegócio alcançou US$ 9,64 bilhões.
Soja
O complexo soja (em grãos, farelo e óleo), principal setor exportador do agronegócio brasileiro, atingiu divisas de US$ 4,02 bilhões, o que significou incremento de 53,6% em relação aos US$ 2,62 bilhões exportados em agosto de 2020.
O aumento do volume exportado de soja em grãos e a forte elevação dos preços internacionais resultaram em US$ 3,14 bilhões de exportações em agosto de 2021 (+52,5%).
A oferta da oleaginosa foi recorde na safra brasileira 2020/2021, com 136 milhões de toneladas de soja, incremento de 8,9%, favorecendo a capacidade de exportação, de acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Produtos florestais
O setor de produtos florestais foi um dos setores que ultrapassou a cifra de US$ 1 bilhão em exportações no mês de agosto. O valor exportado chegou a US$ 1,25 bilhão (+40,5%), em virtude da forte elevação dos preços médios de exportação (+31,2%).
No setor, as exportações de celulose foram as mais importantes, com US$ 610,67 milhões (+47,2%). Houve recorde no volume exportado de celulose para agosto, com 1,35 milhão de toneladas (6,9%).
Carnes
As vendas externas de carnes somaram US$ 2,09 bilhões (+40,5%), marca inédita para o mês de agosto desde o início da série histórica em 1997. Os preços médios de exportação das carnes subiram (+34,8%), assim como houve expansão no volume das vendas externas (+4,2%). O resultado está relacionado à oferta, demanda e custos da produção mundial, aponta o estudo da SCRI.
Espera-se redução da produção mundial de carne bovina para 60,8 milhões de toneladas (-1,1%), com redução do abate na Argentina, Austrália e no Brasil, o que pressiona fortemente os preços internacionais.
A carne bovina, principal proteína animal exportada pelo país, totalizou US$ 1,17 bilhão em agosto de 2021 (+55,6%), com alta no preço médio exportado de 41,3%). Os volumes cresceram 10,1%, segundo os analistas da Secretaria. A China aumentou as aquisições do produto in natura de US$ 325,18 milhões em agosto de 2020 para US$ 633,15 milhões em agosto de 2021 (+94,7%). Em volume, foram 105,86 mil toneladas (+35,3%).
As exportações de carne de frango chegaram a US$ 663,55 milhões (+35,2%). Houve elevação na quantidade exportada em 3,8% e incremento do preço médio de exportação em 30,3%.
>> Nota à imprensa - agosto 2021
>> Balança Comercial do Agronegócio - agosto 2021