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Grupo de investidores chineses busca soja em Rondônia e pretendem estreitar relação entre Brasil e China

Industriais chineses querem comprar no Brasil 17 milhões de toneladas de soja/ano

Grupo de investidores chineses busca soja em Rondônia e pretendem estreitar relação entre Brasil e China

Uma oportunidade para estreitar relações comerciais entre a China e o Estado de Rondônia surgiu após uma reunião realizada nesta segunda-feira (24) com a diretoria executiva da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), representantes da CABS e da empresa chinesa HK Group.

Segundo Jack Hong, representante do grupo de investidores, a intenção é adquirir inicialmente 6 milhões de toneladas/ano de soja. “Viemos conhecer de perto a estrutura disponível do Porto, assinar os contratos e levar aos nossos interessados quando voltarmos à China em julho. Precisamos de suporte e apoio. Podemos começar com passos pequenos, 50 mil toneladas, em seguida 150 mil e posteriormente 300 mil toneladas dentro de um prazo de três meses. O Brasil tem grande potencial e nós temos como investir, visando contratos a médio e longo prazo de pelo menos 10 anos. A medida que o fornecimento for concretizado, novos clientes serão atraídos e em breve estaremos superando a importação da oleaginosa”, ressaltou o empresário.

Carlos Alberto Soccol, diretor da CABS, responsável pela transação, afirma que o comprometimento do fornecimento, estabelecendo um cronograma de mercado futuro para 2020, garante o atendimento. “Temos o produto com garantia de contratação, os interessados e a estrutura para escoar. A medida que existem empresas esmagadoras de óleo, existem as que farão o processamento do farelo para transformar em ração para alimentar peixes e suínos na cadeia produtiva, aumentando consideravelmente a demanda e possivelmente atingiremos a marca de 12 milhões e toneladas/ano muito antes do esperado”, detalhou.

Para o diretor presidenta da Soph, Amadeu Hermes Santos da Cruz, o intercâmbio comercial entre as nações reforça a atratividade do setor produtivo do Estado. “A não consolidação das negociações entre a China e os EUA do início deste ano foram vantajosas para o Brasil e especificamente para Rondônia que dispõe do produto e de condições para escoar grande volume de carga a granel. Bem como a disponibilidade de um posto alfandegado no poligonal portuário público também garante a liberação da carga para exportação direta ao comprador”, destacou Amadeu.

PICO DE EXPORTAÇÃO

O Brasil está no pico da temporada de exportação, logo após a colheita da oleaginosa, que segundo a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) deve se confirmar a segunda maior da história, com mais de 114 milhões de toneladas, segundo os números oficiais, atrás apenas do recorde de 2018 quando atingiu 119,28 milhões.

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