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Importações de soja dos EUA pela China disparam em agosto; Brasil mantém maior fatia
As importações de soja dos Estados Unidos pela China em agosto aumentaram seis vezes em relação ao ano anterior, mostraram dados alfandegários nesta quarta-feira, com cargas compradas anteriormente em meio a uma flexibilização na disputa comercial entre os países.
A China, a maior compradora de soja do mundo, trouxe 1,68 milhão de toneladas da oleaginosa dos EUA em agosto, ante 265.377 toneladas um ano atrás.
O volume de agosto representou um aumento de 84% em relação ao total importado dos EUA em julho, segundo dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas.
A base de comparação anual, no entanto, é fraca. As importações de soja dos Estados Unidos caíram de forma acentuada no segundo semestre de 2018, depois que Pequim aplicou uma tarifa de 25% em uma lista de produtos norte-americanos, incluindo soja, em meio a uma guerra comercial.
Mas as empresas estatais chinesas retomaram as compras de cerca de 14 milhões de toneladas de soja norte-americana a partir de dezembro, durante uma trégua temporária.
Essas compras diminuíram após o aumento das tensões comerciais entre Pequim e Washington, antes que as empresas chinesas fizessem duas grandes aquisições de grãos dos EUA este mês, antes das negociações de alto nível no próximo mês.
As importações de soja pela China do maior fornecedor, o Brasil, somaram 6,68 milhões de toneladas em agosto, abaixo das 7,95 milhões de toneladas vistas no mesmo mês do ano passado, mas um pouco acima das 6,42 milhões de toneladas em julho.
Os embarques da Argentina aumentaram 19,5%, para 654.555 toneladas, mostraram dados.
A demanda chinesa de soja foi limitada, contudo, por um surto de peste suína africana que dizimou o rebanho do país, o maior do mundo.
Por Hallie Gu e Dominique Patton