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Selo de identificação geográfica pode abrir novas portas comerciais para o café de Rondônia
Oportunidade de novos mercados de comercialização, com reconhecida qualidade dos cafés.Desde 2018, o governo estadual, por meio da Emater-RO, Seagri e Idaron, em parceria com a Embrapa e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vem trabalhando para que o café de Rondônia obtenha o selo de identificação geográfica. Mas qual a importância disso para o produtor?
O registro de Indicação Geográfica é conferido a produtos ou serviços característicos do seu local de origem, que se distinguem dos similares disponíveis no mercado. Segundo o extensionista da Emater-RO, Rafael Cidade, o produto deve apresentar qualidade única em função das condições geográficas naturais como solo, vegetação, clima e modo de produção, reconhecendo a reputação de uma região.
A certificação de origem de um produto, realmente não é uma coisa fácil nem rápida de se conseguir, mas para que o café de Rondônia possa ter esse título não faltou empenho das pessoas envolvidas com o desenvolvimento da lavoura cafeeira no estado.
Rafael cidade explica que o processo começo com a delimitação da região da zona da mata, onde estão inseridos os principais municípios produtores de café do estado. “São 15 municípios envolvidos: Cacoal, Ministro Andreazza, Espigão do Oeste, Primavera de Rondônia, Parecis, Rolim de Moura, Santa Luzia do Oeste, Castanheira, Alto Alegre dos Parecis, Alta Floresta do Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste, São Miguel do Guaporé, Alvorada do Oeste e Seringueiras”, elenca o extensionista.
Em 2018, em visitas a esses municípios a comissão composta pelos órgãos públicos e entidades envolvidas apresentou uma proposta aos produtores rurais. Essa proposta visava agregar valor à produção e ampliar a comercialização com novos mercados.
Em 2019 foi dado mais um passo, com a formalização da Associação dos Cafeicultores da Região das Matas de Rondônia (Caferon) e o registro junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Enquanto isso, sob orientação dos técnicos da Emater-RO, os cafeicultores seguiam os procedimentos corretos de manejo do café desde o preparo do solo, adubação, controle de pragas e doenças, na colheita e na pós-colheita.
Seguidas todas essas etapas, os esforços foram compensados. O café de Rondônia recebeu oficialmente o certificado de indicação geográfica, sendo reconhecido como café de procedência de qualidade. “Rondônia apresenta características únicas, que resultam em cafés de altíssima qualidade e a indicação geográfica, vem oportunizar os cafeicultores rondonienses a oportunidade de novos mercados de comercialização, com reconhecida qualidade dos cafés”, finaliza Cidade.