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Com grande potencial leiteiro, raça Sindi vem conquistando espaço na pecuária de Rondônia
Pecuaristas do Cone Sul, apostam na criação da raça Sindi, que permite explorar a produção de leite e de carne.Rondônia apresenta atualmente um cenário de expansão da cultura de grãos, soja e milho, ação que beneficia diretamente o setor de pecuária da região. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), superou somente neste trimestre de 2021 as expectativas voltadas às atividades do setor agropecuário. Uma das provas de bom desempenho é que o Estado alcançou R$ 18,3 bilhões no Valor Básico da Produção (VBP) garantindo um aumento de 56,84 % em relação ao ano anterior.
Vivendo um panorama tendencial, pecuaristas de Rondônia vêm investindo em melhoramentos e registros genealógicos de bovinos. No Cone Sul, uma das raças que vem recebendo esse registro e gerando grandes expectativas é o gado ‘Sindi’. O superintendente técnico adjunto da Associação dos Criadores de Zebu (ABCZ), veterinário José Eduardo, esteve nesta semana em uma fazenda localizada em Vilhena, realizando um criterioso trabalho técnico sobre a raça existente no local, para mostrar que o rebanho é uma boa promessa para a produção de leite.
O veterinário conta que a raça tem mostrado cada dia mais, crescimento em números de animais registrados, principalmente pelos criadores de Rondônia que vêm visualizando a qualidade e características extremamente produtivas e eficientes.
Originária do Paquistão, o Sindi é a raça zebu leiteira mais nobre entre as demais leiteiras daquela região. Com dupla aptidão para corte e produção de leite, o gado é rústico e consegue se adaptar facilmente em condições negativas onde há falta de comida e água, pois tem capacidade de manutenção maior, além de ser uma raça dócil e resistente a parasitas.
A fazenda conta hoje com uma linhagem exclusiva da raça, sendo uma filha da recordista mundial de leite e também com a bicampeã nacional de aptidão leiteira. O técnico realizou uma avaliação completa da raça, registrando os animais, avaliando o desenvolvimento e fazendo o Certificado de Superioridade Genética dentro do grupo de contemporâneos a nível nacional.
No ano passado, a Associação, em parceria com a Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) ofereceu curso de qualificação para 32 técnicos extensionistas sobre avaliação de touros da raça zebuína, que prestam assistência aos criadores de gado bovino no Estado.
O secretário da Seagri, Evandro Padovani, destaca a importância dos pecuaristas de investir em raças com melhor qualidade tanto para produção de leite quanto de corte, trazendo incentivo aos produtores rurais, pequenos e médios, por meio do Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino. “O Estado conta com uma forte parceria com a Associação dos Criadores de Zebu, que visa dar assistência ao pequeno produtor que, por ter a produtividade de seus animais baixa, não consegue gerar lucro necessário para a sobrevivência. Programas que incentivam e fortalecem a produtividade e qualidade dos criadores de gado”, afirma.
O proprietário da fazenda, Alexandre Martendal, colocou a unidade à disposição da Emater, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e faculdades do ramo para que possam realizar trabalhos de pesquisa e estudos referentes à raça.