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Idaron monitora e quer ação de produtores rurais no controle da raiva
A orientação quando há caso confirmado de doença é de que a autarquia comunique a secretaria de saúde do município da ocorrência, para que sejam adotadas medidas de prevenção à raivaCom o registro de um caso de raiva em uma bezerra de 2 meses, numa propriedade rural do município de Corumbiara, em outubro, a Agência de Defesa Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron) amplia seus esforços com orientações específicas e adoção de medidas profiláticas preventivas na propriedade e seu entorno para manter o controle da doença.
De acordo com o médico veterinário Dalmo Bastos Santana, coordenador de Controle da Raiva da Idaron, não há confirmação de outros casos, mas apenas cinco casos suspeitos, cujos materiais para exames (cérebros congelados) foram enviados nesta terça-feira (27) ao laboratório em Goiânia para análise. Os resultados desses exames que são realizados na Universidade Federal de Goiás serão divulgados na segunda-feira, dia 03 de dezembro.
Por enquanto, segundo sua explicação, os técnicos da agência estão percorrendo todas as propriedades da região, num raio de 12 quilômetros da propriedade afetada, para informar e orientar sobre a situação, levantar dados e descobrir possíveis abrigos de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue), e com base nessas informações, adotar medidas adequadas para controle, enquanto monitora as propriedades com suspeitas, que aguardam o resultado dos exames. Todo esse trabalho é feito com o apoio dos produtores rurais envolvidos, ressalte-se.
Bastos disse também que nas 88 unidades da Idaron no Estado, a orientação quanto aos procedimentos é sempre a mesma, e além dessas medidas – quando há caso confirmado de doença -, a autarquia comunica a secretaria de saúde do município da ocorrência, para que sejam adotadas medidas de prevenção à raiva, como realização de campanha informativa e vacinação dos animais de pequeno porte, como cães e gatos, como estratégia de controle da doença.
Importa lembrar que, diferentemente de doenças como a febre aftosa e a brucelose, cujo controle e vacinação é obrigado por lei, a vacinação contra a raiva é voluntária, mas sem ela não há como controlar esta doença que é fatal. “Por isso, mesmo sendo de caráter voluntário, é fundamental que nas cidades e no campo as pessoas vacinem seus animais”, disse o coordenador ressaltando a necessidade do envolvimento, principalmente dos produtores rurais, nas ações de monitoramento e controle da doença.
O veterinário da Idaron chegou a ser enfático ao explicar o custo benefício da vacinação. Ele disse, por exemplo, que o valor de apenas um bezerro é suficiente para vacinação em uma propriedade com cerca de 400 animais. “A propriedade onde foi registrado este caso de raiva é pequena e tem um rebanho de apenas 60 animais”, disse Dalmo Bastos chamando a atenção dos produtores rurais para este aspecto.
Para ele, a orientação, mesmo sem a obrigação legal, é fazer a vacinação e comunicar à Idaron apresentando a competente nota fiscal da compra da vacina, que resguarda o produtor rural da obrigação de revacinar seus animais em caso de suspeita de doença na região.
No que diz respeito as ações da agência, em caso de descoberta algum abrigo de morcegos hematófagos, este logradouro é cadastrado e passa ser monitorado, de modo a manter o controle permanente da situação e de possíveis ocorrências da doença.