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Produção de ovos de galinha em Rondônia é discutida em seminário
O 1º Seminário de Governança dos Arranjos Produtivos Locais (APL) de Produção de Ovos de Galinha foi realizado nessa quarta-feira (8) pelo governo estadual, em Cacoal. A proposta, conforme a Secretaria Regional, é incentivar a produção na região, onde se calcula que são produzidos cerca de 80 mil ovos por dia.
No evento foi explicado sobre o arranjo produtivo local, formação de uma agroindústria, sanidade em aves e registro de agroindústria no Serviço de Inspeção Estadual (SIE).
As palestras foram proferidas pelos representantes da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Associação Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).
Um dos principais anseios dos produtores foi saber como registrar seus produtos no SIE, sob a responsabilidade da Idaron, para que os ovos possam ser comercializados em todo o estado. Atualmente, os ovos produzidos em Cacoal são registrados no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), limitando o local de comercialização do produto.
O produtor Júlio Turini contou que produz ovos há cerca de oito anos e que busca a legalização estadual. “Nós não estamos fugindo da luta para legalizar nosso produto. Queremos legalizar para que nosso produto percorra todo o estado”, disse adiantando que atualmente falta um entreposto de ovos, “mas temos o governo para nos apoiar”.
O secretário regional, Charles Pereira, explicou que o governo estadual quer identificar as potencialidades de cada região com o objetivo de integrar os produtores para que se organizem para o fomento da produção.
Pereira informou que um entreposto de ovos custa em média R$ 500 mil. “Para cada um fazer fica caro. Por isso o governo quer implantar um entreposto de ovos, através de uma associação de produtores”, disse.
Para o produtor Edson Kaos, que produz cerca de 40 mil ovos por dia, este tipo de evento é importante para a transmissão de conhecimento, o que favorece a geração de renda. Ele também observou que o entreposto vai ser um local para classificação, onde esses ovos passam por uma máquina para serem higienizados e retirados os trincados. “Vai padronizar o produto para ser comercializado”.
O presidente da Idaron, Anselmo de Jesus, ressaltou a importância de todos os envolvidos estarem reunidos. “Cada órgão tem um função, a Sepog incentiva, a Seagri fomenta, a Emater cuida da extensão rural e a Idaron é responsável pela sanidade dos produtos que chegam à mesa dos consumidores”, disse, acrescentando que o governo trabalha em conjunto em prol do produtor rural. “O agronegócio tem uma importância grande para Rondônia, onde mais de 80% do exporta sai do campo”.