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Em Rondônia, ministro do Meio Ambiente defende alternativa econômica como arma contra degradação ambiental
O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, afirmou nesta quinta-feira (9), em Porto Velho, que a oferta de alternativas econômicas para as famílias é fundamental para o sucesso da preservação ambiental. A fiscalização rigorosa, entretanto, é necessária neste momento e será utilizada para conter a exploração das florestas.
Sarney Filho veio a Porto Velho com o diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro Raimundo Deusdará Filho, a presidente do Ibama, Suely Araújo, Vicente Andreu, presidente da Agência Nacional de Águas, e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Ricardo Soavinski.
A comitiva, denominada Caravana Verde, percorre a Amazônia estabelecendo parcerias com governos estaduais e prefeituras, além de difundir a nova dinâmica do ministério.
A visita de Sarney Filho coincidiu com a presença dos prefeitos que estão em Porto Velho participando do Workshop Governança para o Desenvolvimento, que é promovido pelo governo de Rondônia.
CARAVANA
Reunido com o governador Confúcio Moura, os senadores Valdir Raupp e Ivo Cassol, os deputados federais Marinha Raupp e Lindomar Garçom, além dos prefeitos, o ministro apresentou os membros da Caravana Verde e os colocou à disposição dos gestores municipais. O encontro aconteceu no auditório Jerônimo Santana, no Palácio Rio Madeira.
O tempo em que o Ministério do Meio Ambiente ditava as regras sem a participação dos estados e municípios, segundo Sarney Filho, não existe mais. Para ele, a política ambiental se também se fundamenta em ouvir e atender quem preserva. Para isto, defendeu a mudança nos rumos da destinação de recursos.
“O Fundo da Amazônia recebeu 1 milhão de dólares, mas apenas seis municípios apresentaram pequenos projetos e o dinheiro estava sendo usado por técnicos e consultores, isto não está certo”, asseverou o ministro.
DÍVIDA
Após anunciar a transferência de recursos para o estado e conhecer projetos ambientais que estão em execução, Sarney Filho afirmou que o estado brasileiro tem uma dívida com a Amazônia. Em meio a aplausos prefeitos e parlamentares, ele completou: “ esta conta precisa ser sanada.”
Ao explicar que o poder de polícia precisa ser utilizado para combater práticas que degradam as florestas, o ministro disse que a destruição cresceu nos últimos anos em razão da falta de recursos para investir no setor. “O caminho estava aberto para a bandidagem”, complementou.
Ele também fez críticas à comunidade internacional que difunde a importância da Amazônia, exige a preservação, mas não investe no serviço ambiental prestado. Sarney Filho sustentou que a melhor política é a valorização de quem preserva. Ele também citou casos bem sucedidos, que remuneram melhor, produzem emprego de qualidade.
Ao final da reunião com os prefeitos e parlamentares, Sarney Filho liberou sua equipe para reunir com prefeitos, prestar informações e manter conversações para a formulações de futuras parcerias.