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Bovinos são abatidos em Rondônia por comerem alimento proibido
Um produtor do município de Costa Marques foi multado em R$ 1.527,25 por animal pelo Idaron por fornecer farinha de ossos aos seus bovinos, alimento proibido para ruminantesO proprietário foi notificado para enviar seu rebanho para abate em frigorífico com Serviço de Inspeção Federal (SIF) ou Estadual (SIE). No total, foram abatidos 93 bovinos.
Segundo a Instrução Normativa 41/2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é proibido alimentar ruminantes com produtos que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal, como a cama de frango e a farinha de carne e ossos, devido ao risco de o animal desenvolver a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como mal da vaca louca.
O coordenador do Programa Estadual de Prevenção e Vigilância da EEB, Ney Carlos Dias de Azevedo, explicou que no momento do abate no frigorífico foram retirados e destruídos os órgãos de risco específico para EEB (cérebro, medula, olhos, tonsilas e porção final do intestino) dos bovinos que ingeriram o alimento proibido. A carne após passar pelos procedimentos de inspeção oficial foi liberada para o consumo humano.
A suspeita de que os animais estavam recebendo farinha de ossos na alimentação foi detectada em fiscalização de rotina da Idaron. Conforme institui a Instrução Normativa do Mapa, foi coletada uma amostra do alimento para análise laboratorial em laboratório oficial, confirmando a existência de ossos não calcinados.
Desde 2005, a Idaron já realizou cerca de mil fiscalizações de alimentos de bovinos em propriedades rurais que praticam a suplementação alimentar. Nos últimos quatro anos, 497 ruminantes já foram sacrificados ou encaminhados para abate por ingerirem subprodutos de origem animal.
“A proibição do uso de cama de frango e de farinha de carne e ossos na alimentação de ruminantes é uma das principais medidas de prevenção da EEB, pois essa enfermidade já causou enormes prejuízos para a pecuária bovina na Europa, nas décadas de 80 e 90, além de ter causado a morte de pessoas que ingeriram a carne dos bovinos doentes”, reforçou o coordenador.