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Ducha veterinária é eficaz no controle de carrapatos em bovinos

Ducha funciona com eletricidade e tem capacidade para 310 litros

Ducha veterinária é eficaz no controle de carrapatos em bovinos

Pesquisas com produtos carrapaticidas utilizados na Ducha veterinária ou Câmara atomizadora apontam eficácia no controle de carrapatos. A afirmação é do pesquisador da Embrapa Gado de Corte Renato Andreotti líder de um projeto que está em andamento há três anos.

Nesses dois dias de Dinapec o especialista da Embrapa e os parceiros da pesquisa apresentaram resultados que apontam que o método da Ducha tem se mostrado mais eficiente que os demais controles tradicionais via pour-on ou banho de imersão.

Os participantes da oficina entre estudantes, professores e produtores brasileiros e estrangeiros desconheciam a o método da Ducha, mas que não é novo. Segundo o pesquisador Andreotti, a Ducha foi lançada pela primeira vez em 1982 e de lá pra cá sofreu muitas modificações pelos fabricantes como pela Coimma, parceira da Embrapa no projeto. Os testes atuais feitos com a Ducha em animais da parceira Agropecuária Sanio, de Água Clara, MS, tem demonstrado eficácia a campo – afirma o pesquisador Andreotti.

O equipamento foi demonstrado na Oficina e os presentes puderam constatar seu funcionamento. “O animal é pulverizado por inteiro demonstrando a eficiência da ducha”, disse o representante da Coimma.  “A Ducha é importante no controle de carrapatos dos bovinos por aumentar a eficácia do produto, combater o parasito no animal e consequentemente evitando a infestação na pastagem”, reforça o pesquisador que há cerca de quatro anos realiza testes em animais cruzados e das raças Nelore, Angus, Senepol e Caracu.

A Ducha funciona com eletricidade e tem capacidade para 310 litros. Cada animal recebe 3 litros do produto o que é suficiente para controlar os carrapatos, que caem mortos na pastagem evitando a proliferação e a continuidade do ciclo. O impacto do carrapato no Brasil é negativo acarretando um prejuízo anual em torno de três milhões de dólares – apontou o pesquisador em sua apresentação. Orlando Harder, um paraguaio visitante da Dinapec veio especificamente para conhecer os dados da pesquisa e revelou que ficou animado. Ele disse que vai levar as informações para a Cooperativa Agropecuária onde atua como assistente aos produtores. Harder que é médico-veterinário disse que em seu país os métodos tradicionais (pour-on e injetável) funcionam bem, mas que chamou muita sua atenção os dados de pesquisa da Câmara automizadora ou Ducha Veterinária.

Uma das diferenças entre o banho de imersão e a Ducha é a quantidade de produto utilizado para tratar os animais que na Ducha é bem menor, trazendo economia para o produtor. Sem contar nos riscos de contaminação ambiental que a banheira oferece. Além disso, na ducha a quantidade de água é menor e a mão de obra é mais fácil. Andreotti aponta ainda facilidade em substituição da base química e melhor cobertura do corpo animal na região auricular, entrepernas e perianal.

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