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Estados Unidos decidem manter importações de carne
Com Hong Kong, maior importador, tratativas estão avançadas e documentação solicitada já foi enviada. Retirada de produtos no país é iniciativa de comerciantes e não de governoOs EUA comunicaram oficialmente que não vão embargar as carnes brasileiras e seus derivados, embora tenham aumentado a inspeção, que fazem de rotina, sobre produtos cárneos que importam do país, informou nesta sexta-feira (24) o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). “O embaixador americano, Michael McKinley, me ligou dizendo que essa é a posição de Sonny Perdue, indicado para ocupar o posto de secretário da Agricultura dos Estados Unidos.”
O ministro também esclareceu a respeito dos contatos que tem mantido com autoridades de outros países, como Hong Kong e China, para reduzir o impacto da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, sobre as exportações brasileiras de proteína animal.
De acordo com Maggi, as tratativas com Hong Kong, maior importador de carnes do Brasil, estão avançadas. “Estamos conversando bem e já mandamos toda a documentação que foi solicitada por eles.” Corrigiu ainda a informação, sobre a notícia de retirada de produtos das prateleiras do país: "Não é uma ação do governo, mas dos comerciantes, como medida de precaução".
“Nas conversas bilaterais que temos com eles (governo de Hong Kong), está tudo absolutamente normal e espero que a gente resolva o assunto nas próximas horas”, ressaltou o ministro, acrescentando que a Rússia também considerou suficientes as providências tomadas pelo Ministério da Agricultura.
O ministro relatou ainda conversas com chineses, outro importante mercado. “Com a China, estamos discutindo questões técnicas e nos encontramos na fase final das negociações. As autoridades chinesas pediram várias explicações sobre tudo que o está acontecendo. Agora, está bem claro para a China que a investigação não é sobre a qualidade da carne brasileira, mas em relação ao comportamento de pessoas. Esclarecemos tudo, de modo transparente, e esperamos ter uma posição em breve.”
Maggi explicou também que não houve suspensão das importações por parte dos chineses, mas apenas do desembarque das mercadorias nos portos, até haver maior clareza sobre os fatos. “Não houve embargo”, afirmou.
Depois de resolver as questões emergenciais, surgidas em razão das investigações da PF, Maggi vai visitar alguns mercados. “Quero ir à China e a vários países compradores dos nossos produtos. Vou junto com uma missão especial para a gente restabelecer a confiança que tínhamos até agora.” No roteiro da viagem, estão Emirados Árabes, Kuwait, Arábia Saudita, Rússia, China e Hong Kong. Ele também pretende visitar representantes da Comunidade Europeia.