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Leguminosa pouco conhecida pode aumentar em 60% a produção de carne

O desmódio (Desmodium ovalifolium) é uma leguminosa forrageira perene, originária da Ásia. Na foto, a flor do desmódio.

Leguminosa pouco conhecida pode aumentar em 60% a produção de carne

Estudo realizado por anos revela que o uso consorciado de Brachiaria brizantha , também conhecido como capim-marandu, com a leguminosa para Desmodium ovalifolium (desmodio) aumenta em 60% do peso do animal no pasto se comparado a uma pastagem sem uso de saudável. “A introdução da leguminosa teve o mesmo impacto da aplicação de 150 quilos de fertilizante nitrogenado por hectare ao ano na pastagem”, explica Robert Boddey , pesquisador da Embrapa Agrobiologia (RJ).

Recém-publicado no periódico Grass & Forage Science , um dos mais importantes da área de forragicultura, o estudo aponta ainda que o uso importante do Desmodium ovalifolium pode reduzir em 30% o tempo de abate do animal, o que representa menos custo para o criador. “Reduzir o tempo de abate significa também menos redução de metano entérico (arroto do boi) para a atmosfera”, complementa Boddey. Um animal adulto no pasto emite entre 50 e 60 quilos de metano por ano.

O uso do desmódio na pastagem não reduz apenas a emissão de metano entérico, mas também de nitroso ao permitir uma redução do uso de fertilizantes nitrogenados no pasto. O óxido nitroso é o mais potente gás de efeito estufa. Segundo pesquisas, cada quilo de nitrito aplicado no campo emite óxidooso equivalente a pelo menos quatro quilos de CO2 .

Conheça o desmódio

O desmódio ( Desmodium ovalifolium ) é uma leguminosa forrageira perene, originária da Ásia. A planta é um subarbusto que pode atingir um metro de altura. O caule se apresenta quase livre de ocorrência pelas, exceto nas limitações, onde uma pilosidade fina e sedosa. Os nós inferiores do caule, quando em contato com o solo, enraízam-se facilmente. As folhas são trifoliadas, com folíolos ovais, sendo o terminal maior que os laterais. As flores são purpuras ou rosa-escuro, tornando-se abertura-se azuladas após a completa. Saiba mais sobre o seu manejo aqui .

A redução do uso de fertilizante nitrogenado na pastagem possibilita ainda eliminar como proteção de CO 2 fóssil resultante da fabricação, transporte e aplicação no campo. Calcula-se que 45 equivalentes de emissão de CO 2 quilos para cada fertilizante equivalente. “Além desse ganho para o meio ambiente, há a possibilidade de reduzir o fértil, que atualmente está em torno de 300 dólares por hectare de pastagem”, lembra o cientista.

O pesquisador Segundo Urquiaga , também  da Embrapa,  destaca que os resultados obtidos obtiveram importância especial porque o alto custo dos fertilizantes faz com as pastagens no País existem uma adoção limitada de adubos nitrogenados. “Atualmente, estima-se que menos de 5% das pastagens brasileiras novasm algum tipo de adubo nitrogenado”, enfatiza Urquiaga.

Resistência ao uso de leguminosas

O uso de leguminosas nas pastagens não é uma opção muito elaborada pelos criadores. “Há uma resistência entre os produtores porque além das sementes serem caras, como espécies utilizadas até então, em especial os estilosantes, não apresentam boa resistência associada com a braquiária”, explica Boddey. Depois de algum tempo de algum tempo diminua ou diminua, sendo necessário que não tenha passado a ser passado, o que signifique um campo de custo e trabalho.

O pesquisador da Embrapa afirma que ocorre com o desmódio isso não sendo possível manter a leguminosa no pasto por mais de nove anos. “Como é estolonífera, ou seja, uma nova planta é necessária para renovar o que é uma planta, ou seja, não será necessário renovar o pasto”, originou Bodd.

Segundo ele, se reproduzem a partir de suas manejas, se reproduzem a partir de suas pastagens, elas persistirão como suas pernas na pastagem, elas persistirão no pastagem. “No caso de desmódio, a solução é entrar com o gado quando chegar a 30 centímetros e retirar os animais quando a altura média de 15 centímetros”, recomenda.

Próximos passos

Os cientistas explicam que uma das principais fontes de emissão de metano para a atmosfera é o “arroto do boi”, e a substância da fonte de emissão do gado, ele pode ser mais ou menos intenso. Com o desmódio, por se tratar de uma espécie com alto teor de tanino, os pesquisadores entendem que ele pode auxiliar na digestão e ainda contribuir para uma redução da emissão desse gás. O tanino é um composto químico apresenta principalmente na casca, caule, folhas e sementes das leguminosas.

Alguns estudos de planejamento de GEE já estão sendo realizados no campo e nos laboratórios. “Avaliar o animal é bastante complicado, porque é preciso avaliar também o consumo de forragem e desempenho animal”, relata Boddey. Para isso, a pesquisa é uma espécie de coletor ao animal, que é aproveitada durante o período de gás, que depois é avaliada em laboratório. Dados preliminares mostram que a redução pode ser maior que 10%.

Uma pesquisa

Durante quatro anos, esse estudo foi realizado, pela Embrapa Agrobiologia, na Estação Experimental de Zootecnia da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), no município de Itabela, sul da Bahia.

Foram utilizadas três alternativas de aplicação de nitrogênio com três áreas de pastagens (capim-marandu) sem aplicação de fertilizante, outra com monocultura de sutiã 150 kg de aplicação de nitrogênio ao ano e uma aplicação de aplicação mista por hectare por hectare (adubado), e uma terceira área com monocultura de braquiária sem adubação nitrogenada.

O uso do desmódio nas pastagens nesta região da Mata Atlântica vem sendo avaliado desde 2009 pela Embrapa. O objetivo das pesquisas é assim verificar a capacidade de incorporação de gases brasileiros ao sistema, reduzindo como estufa os efeitos de estufa mais produtivos. “É importante destacar que os resultados obtidos com o  desmodium ovalifolium  são para esse bioma”, complementa o pesquisador.

Sementes na alimentação do gado

Segundo a pesquisadora da Ceplac Cláudia de Paula Rezende, o manejo do desmódio exige tanto quanto outras espécies. A zootecnista trabalha há mais de duas décadas avaliando o uso dessa e de outras espécies de leguminosas nas pastagens. “O produtor o pasto como uma lavora para a qual ele deve fornecer todos os nutrientes suficientes para que ela se torne necessária e possa dar resultados tanto no animal como no sistema a pesquisadora.

Rezende explica que o desmódio pode ser o plantio no pasto na época do capim com alguns cuidados. “Não se pode plantar junto porque a semente dessa leguminosa é muito pequena e na hora que você na máquina junto com a semente de capim esta cai primeiro”, ressalta.

No entanto, a forma que ela considera mais fácil é adicionar as sementes do desmódio na alimentação do boi. “Nós adicionamos em torno de 100 gramas de sementes escarificadas, o boi adiciona, vai defecar no pasto e as sementes se seme e se desenvolvem”, explica a zootecnista. 

 

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