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Mudança na vacina contra aftosa deve evitar reação

Redução da dose atual de 5 ml para 2 ml foi solicitada pelo Mapa aos laboratórios no início deste ano

Mudança na vacina contra aftosa deve evitar reação

Uma medida importante adotada no início deste ano pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve evitar reações à vacina contra a febre aftosa. Houve pedido formal aos laboratórios que produzem a vacina para que reduzam a dose atual de 5 ml para 2 ml. Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e presidente da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), observou que o Brasil é livre da febre aftosa e, portanto, não é preciso mais utilizar uma dose reforçada.

Marques observou, inclusive, que a medida irá reduzir custos de logística e está em consonância com a programação de retirar totalmente a vacinação do país entre 2019 e 2023, quando o Brasil deverá ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre da doença sem vacinação, como já acontece em Santa Catarina.

Outra medida relevante é a retirada do sorotipo C da vacina. Estudo do Centro Americano de Febre Aftosa, que concluiu pela inexistência do vírus da febre aftosa tipo C na América do Sul, foi determinante para recomendação da Cosalfa de suspender a vacinação com esse sorotipo na região. A decisão foi tomada no encerramento da 44ª reunião ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), em abril deste ano.

De acordo com o estudo, o último foco de febre aftosa com o sorotipo C nas Américas data de 2004. “Por essa razão, bem como em função de estudo que o Brasil tem, tomamos a decisão de, no futuro, retirar o vírus C de toda vacina produzida no país”, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura que é também presidente da Comissão Regional da OIE para as Américas.

O ministro Blairo Maggi, garantiu, nesta quarta-feira (21), que a reação à vacina não oferece risco à saúde pública, ao ser questionado sobre sinal (caroço) encontrado em carne exportada aos Estados Unidos. O Mapa, preventivamente, suspendeu a certificação sanitária do SIF (registro do Serviço de Inspeção Federal)  dos embarques de frigoríficos citados pelos país e trabalha para prestar todos os esclarecimentos e correções no sentido de normalizar a situação.

Maggi admitiu que poderá ser aberta investigação para analisar se o problema detectado na carne exportada para os EUA foi causado pela vacina. “Mas, se for nesse caminho, e nós vamos ter que abrir investigação para saber até onde a acusação contra a vacina é verdadeira, não se resolve de um dia para o outro”, afirmou.

Blairo Maggi garantiu que o Ministério já cobrou providencias das empresas. “As providências, basicamente, devem ser tomadas pelos frigoríficos. Tem que cortar na própria carne". Para o ministro, a melhor forma de evitar é fazer a correção no momento da limpeza do produto. Segundo ele,  o ministério já cobrou providências das empresas, que devem cumprir a vontade do mercado.  

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