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Myanmar abre mercado a material genético e animais vivos do Brasil
País asiático também tem interesse em concluir negociação para importar bovinos para reproduçãoO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu na última quarta-feira (14) comunicado da abertura do mercado de Myanmar para as exportações brasileiras de sêmen e embriões de bovinos e bubalinos (búfalos), além de animais vivos para o abate. A confirmação oficial foi envida pelo Serviço de Saúde Animal daquele país, no sul da Ásia.
As negociações entre o Mapa e as autoridades de Myanmar iniciaram em julho do ano passado. As tratativas mantidas entre o Departamento de Saúde Animal (DSA) do ministério e as autoridades sanitárias daquele país, durante a reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio, na França, foram decisivas para a abertura do mercado.
No encontro em Paris, o diretor do DSA, Guilherme Marques, representante do Brasil na OIE, explicou o funcionamento dos controles sanitários do Mapa sobre o comércio desses animais e produtos.
O Serviço de Saúde Animal daquele país também quer dar continuidade às negociações para importação de bovinos destinados à reprodução. Myanmar pretende implementar um programa de desenvolvimento da pecuária, com foco no aumento da produtividade de leite e carne.
Segundo Guilherme Marques, o constante acesso a novos mercados importadores de bovinos e material genético é decorrente das conquistas sanitárias obtidas pelo Brasil na última década. Entre elas, destacam-se a ampliação das áreas livres da febre aftosa, o status de risco negligenciável para a encefalopatia espongiforme bovina (mal da vaca louca) e o reconhecimento do país como país livre da pleuropneumonia contagiosa bovina (PCB).