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O cenário da produção de bezerros no Estado de Rondônia

A produção de bezerros é de suma importância para a pecuária, não só no Estado, mas em todo o país, pois sem ela não existe abate

O cenário da produção de bezerros no Estado de Rondônia

A produção pecuária do Estado de Rondônia apresentou crescimento constante nos últimos 10 anos, e o rebanho bovídeo atingiu em 2018 a marca de 14.344.017 milhões de cabeças, segundo a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (IDARON). Sendo que 10.951.759 milhões são destinados a pecuária de corte, e neste cenário a produção de bezerros no ano foi de 2.455.467 animais (entre machos e fêmeas).

A principal relevância da informação citada é o cenário extremamente positivo para a produção de bezerros, pois nos últimos anos o abate de fêmeas foi bem expressivo. Portanto as previsões são de inversão do ciclo pecuário, o que fornece maior oportunidade ao produtor, principalmente os que são destinados a cria, pois, aumentando o preço do bezerro, ocorre menor abate de fêmeas, o que consequentemente pode ajudar no preço da @ do boi gordo, como afirmou o zootecnista Antonio Chaker a revista DBO.

Os índices produtivos do Estado vêm apresentando um singelo crescimento, porém constante, esse fator é principalmente devido aos investimentos realizado pelos produtores rurais no seguimento de cria nos últimos anos. Esses investimentos passam de um ajuste na suplementação das matrizes melhorando os índices reprodutivos, e também pelo fornecimento de “creep-feeding” aos bezerros melhorando o desempenho na desmama dos animais, chegando ao emprego da inseminação artificial. Com a melhora na qualidade da produção de bezerros desmamados, consequentemente o produtor passa a receber mais e melhor pelo produto, e sua comercialização começa a ganhar novos caminhos.

Mesmo com o preço do bezerro no Estado oscilando muito, onde no começo do ano em algumas regiões era comercializado em torno de R$ 1.050,00 por cabeça, atualmente esse valor pode chegar até R$ 1.400,00 dependendo da qualidade. Segundo a Scot Consultoria o bezerro acumula aumento de 10% nos quatro primeiros meses do ano, uma diferença de apenas 8% no valor do bezerro comercializado no Estado de São Paulo, sendo o Rondônia o estado que apresentou a maior valorização no país.

Existe ainda uma variação recorrente dentro do Estado, que é a comercialização do bezerro pelo peso (kg), e desta forma a oscilação no início do ano era entre R$ 5,00 e R$ 6,30 o quilo, e atualmente está em aproximadamente R$ 6,70. Basicamente a diferença entre a cobrança entre o bezerro “ao pé” ou cabeça e no kg é a qualidade do produto como fator principal. Para aqueles produtores que vem buscando o emprego de tecnologia (creeping, inseminação artificial e cruzamento industrial por exemplo), a o interesse maior por comercializar o seu produto no mercado a quilo.

De acordo com o médico veterinário da Cooperaliança do Paraná, Dr. Robson Ueno, “a comercialização de bezerro a quilo é mais justa e honesta tanto para quem compra, quanto para quem vende”. E na outra ponta, o produtor Luan da Silva, da Fazenda RJS, relata “que quando a compra é a quilo, geralmente o bezerro costuma ter mais qualidade, sendo melhor a compra desta forma do que na perna”.

A produção de bezerros é de suma importância para a pecuária, não só no Estado, mas em todo o país, pois sem ela não existe abate. Com isso, acredita-se que o futuro da produção de bezerros tem a ser mais tecnificada, priorizando a eficiência, e assim melhorando a valorização do produto. E o futuro da comercialização tende ser a venda quilo, fazendo com que mais produtores venham a investir em qualidade, melhorando assim a remuneração paga pelo produto produzido nas propriedades rurais. E tudo indica que esse cenário será extremamente favorável para os próximos anos.

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