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Reabertura da importação de carne por Hong Kong traz otimismo à cadeia produtiva de Rondônia
Rondônia exporta carne bovina e derivados para mais de 40 países, sendo que Hong Kong é o principal importador, respondendo por 29,71% de toda a carne bovina rondoniense exportada. Junto com a Rússia e Egito, o percentual chega a 70%.
No ano de 2016, o comércio da carne entre Rondônia e Hong Kong movimentou US$ 138.333.195 em 39.532 toneladas do produto, do total de US$ 466,605 milhões em 133.854 toneladas gerados pela exportação de carne bovina do estado para outros países. Os dados são do sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A notícia nesta terça-feira (28) da reabertura das importações da carne do Brasil por Hong Kong chegou em boa hora para o estado, pois os pecuaristas já estavam apreensivos com a redução do preço da arroba nos últimos dias.
Eduardo Aiello Sartor (Dudu), pecuarista do município de Chupinguaia, explicou que a abertura é positiva ao estado pela importância do mercado asiático. “Essa foi a maior das conquistas do nosso mercado. Além de um dos maiores importadores da carne rondoniense, Hong Kong é hoje o que mais importa os miúdos de boi do estado, mercado muito importante para a cadeia e de extrema importância para agregar valor ao nosso produto”, disse.
A reabertura foi possível após teleconferência entre técnicos do Mapa e autoridades de governo de Hong Kong, na noite de segunda-feira (27), para esclarecer dúvidas que ainda existiam a respeito da Operação Carne Fracas.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani, a reabertura das importações representa o reconhecimento da qualidade da carne brasileira e, em especial, a de Rondônia. “A escala de abate no estado nos dois primeiros meses deste ano vinha crescendo, infelizmente tivemos essa interrupção, estamos trabalhando para que o mercado volte ao normal o mais rápido possível e voltemos à busca de novos mercados para a nossa carne, que é a melhor”, destacou o secretário.
O anúncio da reabertura foi feito pelo Centro de Segurança Alimentar (CFS) ao consulado brasileiro no País em resposta às últimas informações fornecidas pelas autoridades do País. O ajuste entrou em vigor imediatamente. No último sábado, a mesma decisão de reabrir mercado, depois de embargo e restrições decorrentes da Operação da Polícia Federal, havia sido tomada pela China, Chile e Egito, que também figuram entre os principais importadores.
Dudu Sartor acredita que os preços voltarão ao normal gradativamente, conforme os estoques se normalizem. “Em curto prazo o impacto no setor é grande, mas estamos confiantes no trabalho do ministro Blairo Maggi, e temos certeza que esse trabalho será estendido posteriormente em busca de novos mercados para a nossa carne”, comentou.
Sartor disse ainda que é fundamental que os próprios brasileiros se conscientizem da qualidade e também da importância da carne brasileira para economia do País.
“Essas dificuldades que passamos incentivam a buscar melhorar ainda mais a sanidade de nossos rebanhos para garantir um produto de qualidade aos consumidores daqui e aos países importadores”, afirmou Anselmo de Jesus, presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron).