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Rondônia imuniza mais de 30 mil cabeças de gado contra febre aftosa na fronteira com a Bolívia
Os técnicos visitaram e realizaram a vacinação em 471 propriedades individuais, e 226 propriedades comunitárias.Com uma equipe de 30 técnicos brasileiros e mais 15 bolivianos, o Governo de Rondônia imunizou contra a febre aftosa 30.947 bovinos e bubalinos em propriedades da fronteira boliviana, no período de 30 de maio a 30 de junho deste ano.
Segundo o veterinário Márcio Petró, coordenador do Programa da Febre Aftosa, através da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril (Idaron), que ainda está compilando todos os dados da vacinação, para a realização deste trabalho nos 1.444 quilômetros da fronteira rondoniense com a República da Bolívia, o desafio nas cinco unidades de jurisdição da Agência – Nova Mamoré, Guajará Mirim, Costa Marques, Porto Rolim e Pimenteiras -, não foi apenas na logística de algumas propriedades, em especial as comunitárias, mas também em relação à abrangência da área de imunização de 50 quilômetros dentro no território boliviano.
O veterinário, informou que neste 31º ciclo de vacinação na Bolívia, os técnicos visitaram e realizaram a vacinação em 471 propriedades individuais, e 226 propriedades comunitárias – geralmente localizadas nas margens dos rios, de pastagem nativa e de domínio de vários criadores de gado -, fechando a etapa com sucesso em todas as províncias, com o objetivo de confirmar a erradicação da febre aftosa na região, que foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Márcio Petró explicou, que mesmo com o reconhecimento, o Estado de Rondônia não pode baixar a guarda em relação às condições sanitárias na fronteira e, por isso, vem mantendo toda região limítrofe com a Bolívia em vigilância (sanitária) constante, mesmo porque, segundo ele, a prevenção pode livrar o estado de grandes prejuízos. Desta forma, como ocorreu no ciclo anterior, os técnicos percorreram as propriedades das províncias de Frederico Romam, Guayará Merin, Vaca Diez, San Juaquim, San Romam, Magdalena, Buares e San Inácio, entre outras, como uma espécie de grande jornada de conscientização e defesa da saúde animal.
Todo o trabalho de imunização contra a febre aftosa na fronteira tem a marca de um trabalho conjunto que une vários órgãos – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia (SFA), Fundo de Apoio a Defesa Sanitária Animal de Rondônia (Fefa), Serviço Nacional de Sanidad Agropecuária e Inocuidad Alimentaria da Bolívia (Senasag) e a Idaron -, que lidera e executa todo o trabalho de vacinação para formação da barreira imunológica.
A formação desta barreira, segundo Márcio Petró, interessa tanto a Bolívia, pelos benefícios que aufere com o programa, quanto ao Brasil (Estado de Rondônia, um dos principais produtores e exportadores de carne do País, que só no primeiro semestre deste ano já faturou US$ 232,2 milhões com a exportação de carne desossada -fresca e congelada), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento.