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Criadores de peixe de Rondônia se reúnem para conhecer tendências de inovação e sustentabilidade para o setor

Produção anual de pescado em Rondônia é de quase 100 mil toneladas

Criadores de peixe de Rondônia se reúnem para conhecer tendências de inovação e sustentabilidade para o setor

Produtores de peixe de diferentes regiões do Estado, técnicos, entre outras pessoas que apostam no desenvolvimento econômico da cadeia produtiva da criação de peixes em cativeiro participaram do 2º Fórum da Piscicultura de Rondônia realizado em Ariquemes, na última sexta-feira (04).

A troca de experiência, discussões sobre tendências tecnológicas, a fim de melhorar a qualidade do pescado rondoniense, os desafios e as oportunidades de expansão de mercado fizeram parte da finalidade do evento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação dos criadores de peixes do Estado de Rondônia (Acripar).

O Fórum contou com a participação do secretário Nacional da Pesca, Jorge Seif, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do presidente da Comissão Nacional de Aquicultura (CNA), Eduardo Ono, do senador Confúcio Moura, do vice-governador José Jodan, representando o chefe do Poder Executivo, coronel Marcos Rocha, do prefeito de Ariquemes Thiago Flores e demais autoridades políticas.

A piscicultura é um dos setores que mais cresce em Rondônia, colocando o Estado em nível nacional como o maior produtor com 96 mil toneladas por ano. Os municípios do Vale do Jamari, em especial Ariquemes são responsáveis por 33% de toda a produção do Estado.

HARMONIA NO SETOR 

O alinhamento entre o Governo do Estado, municípios e a iniciativa privada tem garantido o desenvolvimento acelerado na área. Essa harmonia entre os entes envolvidos no setor de pesca foi elogiada pelo secretário de pesca e o presidente da CNA. “Em nenhum evento de piscicultura ou de pesca que participei no Brasil tenho visto tanto empenho e representatividade do governo estadual como vejo em Rondônia. Não é à toa que esse Estado é o maior produtor de peixe do país”, disse Jorge Seif, secretário nacional de pesca e destacou as ações dos servidores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastorial (Idaron), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam), junto aos produtores de peixe com cursos e orientações que possam ajudar na qualidade do pescado.

O tambaqui da Amazônia já faz parte do cardápio de consumidores de vários estados como Amazonas, Piauí, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e recentemente do Distrito Federal, quando a população teve a oportunidade de degustar o pescado durante o Festival do Tambaqui, que ocorreu na Esplanada das Secretarias, no mês de agosto.

“Após o evento do tambaqui assado no centro político do país, onde foram servidas quatro mil bandas, cerca de seis mil toneladas, com o objetivo de promover a espécie da Amazônia, os restaurantes de Brasília agora servem o pescado rondoniense”, ponderou José Jodan, vice-governador de Rondônia.

PROPOSTA DE REDUÇÃO DE ICMS 

Para o secretário nacional de pesca é inadmissível que um país como o Brasil, que tem os maiores recursos hídricos do mundo, detentores da quarta maior costa do planeta, com terras agricultáveis e um grande consumo interno, que os brasileiros ainda procurem pelo pescado do Chile, Noruega, Argentina e Equador.

“Estamos fazendo um trabalho de conscientização para incluir o consumo do peixe na merenda escolar. Infelizmente, o setor de pesca e aquicultura não teve um olhar positivo de administrações passadas, mas os governos Bolsonaro e Marcos Rocha tem uma visão diferente e queremos mudar esse cenário. Uma pauta com pedido de redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o pescado foi entregue ao deputado federal Luiz Nishimori do Paraná. Com um ICMS diferenciado, assim como acontece com as aves e suínos vai contribuir para aumentar a produção de peixe para alimentar a população”, enfatizou.

NOVAS FRONTEIRAS 

O festival do tambaqui assado abriu mais ainda as perspectivas de comercialização do produto rondoniense para países como Peru e Bolívia, mas o Governo do Estado quer ir além, e atender os mercados da China, Paquistão e Índia, que já demonstraram interesse pelo peixe nosso de cada dia.

Em novembro, o tambaqui da Amazônia entra na rota de degustação, desta vez para a população de São Paulo, quando serão assadas oito mil bandas, doadas pela Associação de Criadores de Peixes do Estado de Rondônia (Acripar)

“Para os criadores de peixe em cativeiro, o momento é de buscar novas tecnologias e conhecimento. Nossos peixes não são retirados dos rios, são de criadouros e o setor de pesca e aquicultura tem gerado emprego e renda para envolvidos no setor. Temos ainda o desempenho da mão de obra rondoniense, através da agricultura familiar. Isso é determinante para alargar as fronteiras de mercado e aquecer a econômica de Rondônia”, finalizou o vice-governador, José Jodan.

HONRARIAS

Durante o evento o vice-governador e o secretário da Seagri, Evandro Padovani realizaram a entrega da Medalha Mérito Rural Rondon, em homenagem aqueles que se destacaram no desenvolvimento da piscicultura de Rondônia. A Medalha Mérito Rural Rondon é a maior honraria prestada pelo Governo de Rondônia, através da Seagri aos visionários e desbravadores do agronegócio, entre eles os empresários Edson Sápiras (categoria grande porte), Vildemar Marques (categoria médio porte), Elivelton Rodrigues Pereira (relevância socioeconômica) e Wilson Guerino Bertoli (agricultura familiar- inovação).

O Governo do Estado homenageou ainda os realizadores e parceiros do Festival do Tambaqui em Brasília, incluindo produtores de peixes, representantes do Sebrae, Emater, Acripar, Faperon e também ao presidente da CNA, Eduardo Ono e secretário nacional da pesca, Jorge Seif.

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