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Maior empresa de agronegócio da Argélia quer investir no Brasil
Grupo pretende abrir indústria de óleo vegetal no Pará e aplicar recursos em infraestrutura
O maior grupo privado da Argélia quer investir no agronegócio e em infraestrutura no Brasil. Em audiência com o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nesta terça-feira (8), o presidente da Cevital, Issad Rebrad, disse que estuda a instalação de uma indústria de óleos vegetais (soja e palma) no Pará e o aporte de recursos para facilitar a compra de produtos agropecuários brasileiros por aquele mercado. Ele também pediu que o Brasil estabeleça acordo fitossanitário com a Argélia para permitir a importação de gado vivo. Blairo determinou à Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa que tome as providências para viabilizar o acordo.
Rebrad manifestou ainda a intenção de importar do mercado brasileiro grão de bico, lentilha e feijão branco. Para tanto, propôs que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) firme acordo com o governo argelino, a exemplo do que foi assinado recentemente com a Índia, para desenvolver no Brasil espécies desses produtos já consumidas pela população daquele país.
Blairo solicitou o envio pela Argélia de germoplasmas para que a Embrapa apure se já não trabalha com os mesmos tipos de grão de bico, lentilha e feijão branco. Se a estatal brasileira ainda não tiver desenvolvido essas espécies, os dois governos deverão assinar o acordo. Caso contrário, bastará o Brasil ampliar a produção para atender o mercado do país africano.
Uma das maiores empresas da África, a Cevital é uma tradicional importadora de commodities agrícolas da Argélia. No país, ela está voltada principalmente à produção de hortaliças e frutas.
O secretário da Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Ribeiro e Silva, acompanhou o ministro Blairo na audiência.