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#Prof. Dr. Raycon Garcia

Novos horizontes para a piscicultura do Estado de RO

Novos horizontes para a piscicultura do Estado de RO

As notícias para o setor piscícola nacional são extremamente animadoras, é notório que o setor tem enfrentado diversos entraves nos últimos anos no cenário mundial, porém, ainda assim, a produção brasileira foi de 802.930 ton, em 2020, para 841.005 ton em 2021, o que representa o crescimento de 4,74%. Apesar do potencial de nossa região, as espécies nativas sofreram com fatores que interferem negativamente para o aumento da produção como: regularização ambiental, infraestrutura em processamentos e insumos, além da comercialização pós-pandemia, o que impactou na redução de 5,85% na comercialização do pescado em Rondônia (PeixeBR, 2022).

Informações como esta precisam ser levadas em conta, visto que o Estado de Rondônia, que ocupava a segunda colocação no ranking dos principais produtores, atualmente recua para o terceiro lugar. Mesmo com o evento “Festival de Tambaqui da Amazônia”, que é realizado simultaneamente em diversos municípios do estado, em todas as capitais da Amazônia Legal, e na edição de 2022, alcançará status internacional, chegando a Nova Iorque (EUA). Isso é muito importante, não só para mostrar o nosso produto, mas também fomentar a cadeia, e incentivar novos investimento e políticas públicas, pois o setor ganhar força e voz.

Pensando em fomentar a cadeia piscícola no Estado, a Faculdade Marechal Rondon – FARON, de Vilhena – RO, desenvolveu um trabalho de pesquisa em que, incialmente, monitorou o perfil dos consumidores na região, abstraindo que 94% dos entrevistados disseram gostar da carne de peixe, e destes 50,1% consomem carne de pescado menos de uma vez por semana. O intuito dessa pesquisa, que contou com outras diversas informações, foi entender o perfil consumidor da região e saber como criar estratégias de fornecer e entregar produtos que seja bem-visto aos olhos do consumidor.

Ainda sabendo que para chegar até a cadeia final precisamos produzir. A instituição de ensino apoiou o trabalho, em que foram monitorados o crescimento e desenvolvimento da principal espécie consumida e produzida, o Tambaqui e seu hibrido Tambatinga, além de coletar informações periódicas sobre a qualidade da água em viveiros escavados e lonados.

Para tanto, essas informações de produção, conseguem mostrar para os produtores como é o perfil de crescimento dessa espécie/hibrido, podendo mensurar consumo de ração, densidade de produção e, ainda, sobre a qualidade da água, que influencia diretamente a produção do pescado.

É sabido o potencial hídrico do Estado de Rondônia e, por isso, temos que apoiar, incentivar e estudar formas de fomentar os setores envolvidos na cadeia produtiva do pescado na região. Não podemos deixar esse setor, que luta há tanto tempo para fornecer alimento de qualidade desamparados ou sem soluções de problemas, sejam eles na produção ou nas gôndolas dos supermercados ou peixarias.

Raycon R. F. Garcia

Doutor em Zootecnia

Diretor Geral da PROAGRO

Professor de Produção Animal da FARON

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